Paparazzi do Parlamento italiano adotarão novo código de ética

Por Gazeta News

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Alguns parlamentares da Liga Norte e do PDL (Povo da Liberdade), partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, afirmaram ser contra os paparazzi da Câmara dos Deputados, e exigiram a criação de uma lei para impedir que os fotógrafos entrem no plenário, na última semana.

Esses fotógrafos que acompanham diariamente as sessões da Câmara dos Deputados e do Senado da Itália têm causado medo aos políticos, já que são responsáveis pela divulgação de seu lado mais obscuro e vergonhoso.

Os políticos alegam que eles estejam violando suas “intimidades”. Apesar de ter sido considerada uma espécie de “censura” por outras forças políticas e pelos próprios fotógrafos, a medida acabou resultando na criação de um certo código de conduta.

Neste, os fotógrafos se comprometem a não divulgar imagens que não “sejam essenciais para informar as sessões parlamentares”.

A “guerra” contra os paparazzi de Montecitorio, como é conhecida a Câmara dos Deputados na Itália, começou nesta semana durante o voto de confiança do novo governo de Mario Monti.

O novo primeiro-ministro italiano deixou à vista dos repórteres uma nota que fazia referência a um suposto pedido de cargo. Seja de modo oficial ou “reservadamente”, a nota era assinada por Enrico Letta, um deputado do PD (Partido Democrático).

Após a nota virar alvo dos fotógrafos, Letta imediatamente esclareceu que ela “não era um pedido de candidatura”, mas um bilhete para cumprimentar o novo governo. Com o novo código ético, os paparazzi dos parlamentares não poderão mais publicar imagens como a do deputado da legenda partidária FLI (Futuro e Liberdade) Roberto Menia, que foi flagrado jogando “Super Mario Bros” com seu iPad durante um debate. Embora eles não possam mais mostrar os “segredos” dos parlamentares, não poderão evitar o aparecimento de imagens de políticos em uma briga ou dormindo em suas cadeiras.