Paquistanês confessa tráfico de imigrantes para os EUA a partir do Brasil

Por Gazeta News

[caption id="attachment_112772" align="alignleft" width="300"] Foto ilustrativa Border Patrol.[/caption]

Um esquema de tráfico de imigrantes que ajudou pessoas do Paquistão e Afeganistão a entrar nos Estados Unidos por meio do Brasil e de outras regiões da América Latina foi revelado pela polícia de Washington D.C. na última quarta-feira, 12.

O paquistanês naturalizado brasileiro, Sharafat Ali Khan, de 32 anos, assumiu ter servido como facilitador no Brasil para dezenas de paquistaneses, em audiência no Tribunal Federal de Washington.

De acordo com documentos do tribunal, as pessoas originárias do Paquistão e Afeganistão eram levadas para Dubai e depois para o Brasil. Elas pagavam ao paquistanês entre $5 mil e $15 mil para seguirem para os EUA. A rota a partir do Brasil envolvia longos trajetos a pé, de ônibus ou de avião pela Colômbia e outras rotas perigosas do Panamá, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Guatemala e México antes de chegar à fronteira dos EUA. O período levava até nove meses.

O acordo de culpa diminuiu a pena máxima de cinco para três anos e um mês de prisão. Preso em julho em Washington após ser extraditado do Qatar, ele também concordou em aceitar a deportação depois que cumprir a pena. Mas antes fará um apelo para permanecer nos EUA. O tribunal estipulou entre 25 a 99 o número de pessoas que ele operou no esquema. Autoridades acreditam que o traficante contrabandeou pelo menos 80 pessoas de maio de 2014 a junho de 2016.

Segundo documentos de acusação, alguns dos contrabandeados afirmaram que o contato era feito via telefone e whatsapp e eles aguardavam na casa do paquistanês no Brasil antes de seguir a travessia.

Com informações do jornal The Washington Post.