Para cada idade, um tipo de exercício

Por Ivani Manzo

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O tempo passa e muita coisa muda com o nosso corpo. Na infância temos uma quantidade menor de hormônios e assim, praticamente, não há diferença entre um menino e uma menina com relação às capacidades em fazer exercícios. As diferenças são apenas no comportamento e isso é mais social que fisiológico. Mas, voltando a falar de exercícios, as crianças têm uma menor capacidade de se manterem em atividades de longa duração, são mais capazes de atividades intensas e de curta duração. A força muscular ainda não sofreu ação dos hormônios e então não são capazes de fazer muita força. Assim, nessa idade as atividades recreativas são as mais indicadas até que eles próprios mostrem as suas habilidades e capacidades que estão desenvolvendo.

Os adolescentes estão em um momento de diferenciação sexual e os hormônios estão aumentando. Isso quer dizer que a capacidade física também está aumentando e mais nos meninos que nas meninas. Com o modismo de corpos sarados e quase sem gordura, é importante manter a atenção para que eles não venham a se lesionar por excesso de exercícios e entrem no que nós chamamos de overtraining. Normalmente, isso ocorre quando não há um profissional acompanhando e os adolescentes seguem o que os amigos e blogueiros leigos publicam. Nessa fase da vida o corpo ainda não está pronto e pode ser muito alterado pela ação dos exercícios. Isso pode ser bom se for feito de forma orientada e moderada, mas pode ser muito ruim se houver excesso.

Na vida adulta o corpo está completamente formado e apto para a prática dos exercícios. Mas, nem por isso pode ser judiado ou maltratado. Nessa fase existe também o perigo do overtraining, quando o desempenho cai e as lesões se tornam mais frequentes. O adulto costuma não ser tão competitivo quanto o adolescente e assim a possibilidade de exagero é menor. Contudo, iniciar a prática de exercícios de forma gradual é muito importante para conquistar o máximo de benefícios que os exercícios podem trazer. Neste momento, o adulto pode estar com um estilo de vida mais estressante, com menos tempo para si e assim mais propenso a adquirir algumas enfermidades relacionadas ao sedentarismo, estresse e obesidade, como hipertensão, cardiopatias e diabetes tipo II. O exercício é importante para diminuir o estresse, diminuir a porcentagem de gordura corporal e, claro, melhorar a saúde.

Com o avanço da idade, algumas modificações no metabolismo tornam os exercícios praticamente obrigatórios para quem deseja ter um envelhecimento com qualidade de vida. Com a queda dos níveis hormonais, ocorre diminuição da massa muscular e óssea. Isso é mais precoce nas mulheres que nos homens. Se os exercícios não fizerem parte da vida do adulto e, claro, do idoso, a diminuição da força muscular pode levar a falta de equilíbrio, quedas e fraturas ósseas. Muitos idosos falecem por consequências das fraturas, principalmente do fêmur. Nessa fase, exercícios que aumentem a força muscular e favoreçam o depósito de cálcio nos ossos são importantes.