Para latinos, decisão da Suprema Corte torna ano eleitoral ainda mais crucial

Por Gazeta News

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A decisão da Suprema Corte no dia 23, mantendo o bloqueio aos programas de imigração DAPA e DACA, que protegeriam aproximadamente 5 milhões de indocumentados, incluindo jovens e pais de residentes e cidadãos americanos, transformou este ano eleitoral em algo ainda mais crucial para os latinos.

No Arizona, por exemplo, latinos têm também como candidato o xerife Joe Arpaio, do condado de Maricopa, conhecido por sua política dura contra a imigração.

Depois da decisão, milhões de indocumentados que tinham a esperança de finalmente sair das sombras, ainda ficam em dúvida de devem arriscar colocar tudo a perder e revelarem seu status. Entretanto, mais pessoas têm se arriscado para pressionar pela mudança, principalmente em ano eleitoral.

Há quatro anos, esta foi a estratégia usada por ativistas para pressionar o presidente Barack Obama a deixar com que jovens sem documentos vivam e trabalhem legalmente nos Estados Unidos, o que o levou a assinar a ordem executiva da primeira versão do DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) – cuja versão mais extensa permanece bloqueada.

Obama estuda recorrer A procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, disse à Reuters no dia 28 que a administração Obama está estudando se deve recorrer da decisão da Suprema Corte. Ela não disse quais as opções legais de Obama.

Embora o presidente Obama tenha prometido que essas pessoas que seriam protegidas por seus planos de imigração não sejam uma prioridade de deportação, o medo voltou a assombrar imigrantes e ativistas, ainda mais dependendo do resultado das eleições presidenciais caso Donald Trump vença pelo Partido Republicano.

“Estamos conscientes que nesse momento nossa comunidade está mais vulnerável”, disse Cristina Jimenez, uma das fundadoras do movimento United We Dream.

Decisão Com o empate de 4 a 4 na Suprema Corte, as ações executivas anunciadas por Obama 20 de novembro de 2014 seguem bloqueadas pela corte federal do Texas, que processou a Administração Obama com o apoio de mais 25 estados. Fontes: Reuters, NYT e Univision.