Na parte de baixo da tabela, o Flamengo até que conseguiu dar uma respirada na última rodada do Campeonato Nacional. O time rubro-negro conseguiu uma vitória sofrida nos últimos minutos, diante do Sport de Recife, no Maracanã. Quando todo mundo já achava que o time iria amargar mais uma vez a lanterna da competição, então um croata, que não lembra em nada o Petkovic, resolveu fazer a alegria da massa. Eduardo da Silva fez 1 a 0 para o Flamengo e o time saiu da vergonhosa última colocação. Mas, eu acredito que com Luxemburgo no comando, a novela entre idas e vindas entre Fla e o fantasma do rebaixamento será de fortes emoções.
No futebol paulista, o Santos preparou toda a festa para recepcionar a volta do ídolo Robinho ao time praiano, na Vila Belmiro, diante do Corinthians, rival que Robinho ficou famoso pelas pedaladas e também o rival para quem nunca havia perdido. Eram oito jogos contra os corintianos com sete partidas vitoriosas e apenas um empate, tudo parecia favorável para uma festa santista, mas para tudo existe uma primeira vez. O Corinthians jogou bem defensivamente e se soltou nos contra-ataques. Numa jogada de escanteio, o zagueiro Gil deu a vitória para o time da capital e o Timão segue entre no bonde do G4 do Campeonato Brasileiro.
Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, o treinador Luiz Felipe Scolari estava de volta ao Grêmio depois de 18 anos. Sua estreia era logo num Gre-Nal, no Beira-Rio. Felipão nunca tinha perdido um clássico gaúcho, mas novamente para tudo existe uma primeira vez. Internacional ganhou de 2 a 0, fora o baile, mas pelo menos não tomo de 7 a 1.
Felipão se recuperando
Eu tive o privilégio, no último domingo, de fazer as reportagens do Gre-Nal de reabertura do Beira Rio, (estádio do Internacional) e a reestreia do técnico gaúcho Felipão ao Grêmio, após 18 anos. O comandante não quis nem sequer dar um boa tarde aos microfones de pelo menos uma emissora de rádio ou televisão.
O time colorado obteve mais uma vez a vitória, através de Aránguiz e Cláudio Winck. A verdade é que o resultado de 2 x 0 é um exemplo da superioridade da equipe da casa, porém a evolução do técnico bigodudo é evidente, se levarmos em consideração que, nos últimos dois jogos pela Copa do Mundo, a seleção comandada por Felipão tomou um sacode de 10 gols, entre Alemanha e Holanda.
No pós-jogo, em coletiva, ainda no Beira-Rio, elogiou seus atletas e entre as respostas: “O resultado de 2 a 0 não é aquilo que vai me fazer entender que está tudo errado. Não é a escalação de um ou de outro que influenciou a derrota. Tivemos um bom primeiro tempo, quando tivemos as oportunidades do jogo e perdemos para uma equipe que teve mais qualidade na bola final. Vem jogando mais entrosada. Tomamos um segundo gol em um contra-ataque, que sabíamos que acontecia e trabalhamos para evitar, mas não conseguimos. Foi justo pela qualidade do Inter. Eles tiveram as oportunidades e fizeram os gols. Não temos do que falar...”.
Vale registrar que a minha pergunta ao técnico Felipão não foi respondida. Perguntei: “Existe a possibilidade real de Fred e Hulk formarem o ataque do Grêmio?” Magoei.
Robinho reestreia no Santos
O atacante deixou o gramado aos 34 minutos do segundo tempo com três finalizações, três faltas cometidas e três sofridas, 26 passes certos e apenas um errado. Pelos números e aos olhos do torcedor santista, Robinho foi bem, mas não o suficiente para vencer o Corinthians.
Vergonha gaúcha
Eu, com familiares gaúchos, tive vergonha no último domingo: Os gritos “Fernandão morreu” promovidos por alguns gremistas antes da partida, no Beira Rio, fui um dos maiores exemplos de falta de respeito pelo ser humano. Será que seres desprovidos de um mínimo de massa cefálica não imaginaram que era Dia dos Pais e que os dois filhos do atleta falecido, estavam no estádio, acompanhados da mãe? O gaúcho sempre tem que deixar sua marca!