Passa de 100 o número de mortos em ataque químico na Síria

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_141491" align="alignleft" width="300"] Homem é atendido com oxigênio após atentado. Foto: Ammar Abdullah/Reuters[/caption]

Um ataque químico matou mais de 100 civis em uma cidade do norte da Síria, na manhã da última terça-feira, 4. Nesta quarta-feira, 5, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, classificou como "crimes de guerra" o incidente.

A cidade de Khan Sheikhun, controlada por opositores do ditador Bashar al-Assad, foi o alvo. O balanço no número de vítimas fatais é desencontrado, mas o total de 100 pessoas é apontado pela União de Organizações de Assistência Médica, coalizão de ajuda internacional que atua no país.

As vítimas eram civis e morreram enquanto eram encaminhadas para socorro em hospitais na província de Idlib. O gás provocou sufocamento, desmaios e vômitos. Centenas de pessoas ainda manifestavam sintomas após o ataque, segundo equipes de atendimento.

Para a oposição ao presidente sírio e para a União Europeia, o regime sírio é responsável pelo bombardeio. O governo da Síria nega. O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, disse que "todas as provas" apontam para o regime de Bashar al-Assad como responsável pelo suposto ataque.

"Todas as provas que vi sugerem que foi o regime de Al-Assad... usando armas ilegais contra seu próprio povo", enfatizou Johnson. "É a confirmação de que se trata de um regime bárbaro que torna impossível aos nossos olhos que imaginar que possa ter a menor autoridade na Síria após o fim do conflito", completou o ministro.

Testemunhas afirmam que o gás foi lançado por caças Sukhoi, que são operados tanto pelo governo da Síria como pelo da Rússia, que refutaram envolvimento. Estados Unidos, França e Reino Unido apresentaram na terça-feira (4) um projeto de resolução ao Conselho de Segurança que condena o ataque químico na Síria e exige uma investigação completa e rápida.

Com informações da Reuters.