Passadas as festas, começa a época das devoluções

Depois dos amigos secretos e celebrações das festas em família, os americanos começam um novo e crescente passatempo de férias: a devolução dos presentes.

As semanas depois do Natal são as mais movimentadas na área de devoluções, uma dor de cabeça crescente para os varejistas.

No ano passado, $284 bilhões em mercadorias foram devolvidas nos Estados Unidos, de acordo com Retail Equation, uma consultora do varejo. Isso representa um aumento de 6,2% dos $267 bilhões em 2013. Esse aumento pode ser facilmente atribuído ao aumento das vendas online, disseram analistas.

Embora cerca de 9% das vendas no varejo sejam devolvidas, estima-se que isso aconteça com um terço de todas as vendas on-line, de acordo com Kurt Salmon, uma empresa de consultoria de varejo. Para o varejista médio, a perda da receita é de 4,4% para itens que não podem ser revendidos ou devem ser descontados, disse a empresa de pesquisa IHL Group.

Os varejistas têm diferentes regras para quais devoluções podem ser revendidas como novas ou então precisam encontrar uma nova solução.

Redes como a Gap e Neiman Marcus que têm lojas outlet podem enviar as devoluções para essas lojas. Para redes que não têm esta opção os itens que não podem ser revendidos são tradicionalmente enviados de volta para fornecedores ou descarregados para lojas de liquidações com produtos passando por muitas mãos antes de acabar em lojas de descontos.

A cadeia de eletrônicos Best Buy, que em 2013 estima que perdeu 10% de sua receita anual em devoluções, criou um espaço dedicado à venda de produtos restaurados, danificados ou caixas abertas a preços promocionais. A empresa vende estes produtos também em seu site sob o título "Best Buy Outlet".

Muitos varejistas fazem parcerias com firmas especializadas em devoluções, como a B-Stock Solutions, como é o caso do Wal-Mart, Target e Home Depot. A empresa, com base na Califórnia, opera um tipo de eBay atacadista para varejistas que querem comprar em leilão as devoluções. Muitas companhias compram caminhões cheios de mercadorias sem saber o real estado delas.

Fonte: Los Angeles Times.