Passageiros continuam registrando atrasos em aeroportos

Por Gazeta News

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Ao longo de 2012, a espera para obter permissão de entrada nos aeroportos dos Estados Unidos, que muitas vezes já era longa, especialmente para estrangeiros, aumentou drasticamente. Entre as explicações para tais atrasos está o aumento no número de viajantes estrangeiros chegando aos aeroportos e os cortes orçamentários que entraram em vigor em março. E a previsão, segundo artigo publicado no dia 13 no blog de viagens do The Wall Street Journal, é que a situação irá piorar.

Em maio, segundo dados oficiais, a espera ultrapassou duas horas em vários postos de imigração, levando-se em consideração o tempo entre a chegada do voo e o último passageiro a ter sua entrada no país processada. No Terminal 4 do aeroporto JFK, ponto de chegada de 31 companhias aéreas, a espera mais longa em maio foi de 177 minutos para o período entre 15h e 16h, acima dos 113 minutos em maio de 2012. No terminal da Delta no JFK, o número de guichês abertos caiu drasticamente de 19 para 12 no horário de pico, entre 15h e 16h. A maior espera lá, no mês passado, de 123 minutos, representou um salto de 151% em relação ao mesmo mês de 2012, de acordo com as autoridades da alfândega.

As autoridades reconhecem que os tempos de espera aumentaram, argumentando não ter agentes suficientes. Nos últimos três anos, o número de pessoas que chegam aos aeroportos dos EUA vindos do exterior aumentou 12%, para o recorde de mais de 100 milhões por ano, disse um oficial da alfândega. No entanto, o número de agentes de imigração autorizados pelo Congresso americano praticamente ficou inalterado.

Aeroportos e companhias aéreas afirmam que as filas ficaram mais longas este ano devido aos cortes orçamentários do governo federal que entraram em vigor em março. Vários aeroportos, como os de Los Angeles e Miami, reclamam que as autoridades aduaneiras não estão pagando horas extras para agentes adicionais nas horas de pico. Aeroportos de Miami e Nova York Os dados mostram que Miami e o JFK são os piores aeroportos, mas problemas similares também estão começando a acontecer em São Francisco, Los Angeles e Dallas, entre outros. Alguns aeroportos estão adotando a medida extrema de pagar eles mesmos a hora extra para os agentes da imigração, apesar de isso ser uma responsabilidade do governo. Em Nova York, no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, o tempo de espera em alguns terminais com frequência chega a ser mais que o dobro do ano passado.

As filas chegam a três horas de espera nos postos de controle da imigração, o que fez com que milhares de passageiros ficassem frustrados ao perderem suas conexões. O Aeroporto Internacional de Miami disponibilizou um auditório cheio de camas de campanha para passageiros passarem a noite.

A American Airlines, a companhia aérea com mais voos em Miami, teve que reorganizar os seus horários para aumentar o tempo de conexão por causa das longas filas na imigração. O aeroporto pediu às autoridades alfandegárias permissão para instalar quiosques de comida e bebida na área de espera dos postos de imigração, disse Greg Chin, porta-voz do aeroporto.