Passagem de avião comprada com antecedência custa até 55% menos

Por Gazeta News

Um estudo divulgado pelo Nectar (Núcleo de Economia dos Transportes) do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), uma passagem aérea comprada com antecedência pode resultar em uma economia de até 55% para o consumidor.

O estudo foi feito por meio da coleta, pela internet, de mais de 2 milhões de tarifas em um período de 24 meses (entre 2008 e 2010). Foram considerados apenas voos domésticos com saída dos aeroportos de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo).

Segundo a pesquisa, o desconto pode chegar a até 55% para quem compra passagem com 60 dias de antecedência partindo do Aeroporto de Cumbica. Considerando Cumbica e Congonhas, a compra antecipada pode gerar economia de 38%.

“As empresas usam a compra com antecedência como forma de atrair passageiros e diferenciar as pessoas que voam a negócios, e estão dispostas a pagar mais caro, daquelas que voam a lazer”, diz o diretor-executivo do Nectar, Alessandro Oliveira.

A pesquisa conclui ainda que voar de Congonhas é, em média, 18% mais caro que voar de Guarulhos.

Feriados

O estudo evidencia algo que muitos consumidores já sentiram no bolso: viajar no feriado é mais caro. Quem viaja na véspera paga 12% mais caro; já quem viaja no próprio feriado paga 3,8% mais.

Tiradentes (abril), Corpus Christi (junho), Revolução Constitucionalista (julho, coincidindo com período de férias), Natal e Ano Novo (dezembro) são as datas em que as passagens ficam mais caras.

Comprar uma passagem durante o feriado, no entanto, representa uma economia de 3,7% para voos que partem de Congonhas.

Segundo o estudo, ao contrário de companhias aéreas internacionais, as brasileiras cobram mais barato em voos sem escalas. Voos com escalas e conexões são 30% mais caros.

Bilhetes estão 26% mais baratos

O estudo do Nectar mostra, ainda, que a tarifa média dos voos que partem dos dois aeroportos teve uma redução de 26% no período pesquisado: caiu de R$ 517, em 2008, para R$ 382 em 2010.

Parte dessa queda, segundo Alessandro Oliveira, foi consequência da desvalorização do dólar. “Muitas das despesas das companhias aéreas estão atrelados ao dólar, como aquela com combustíveis e peças de manutenção”, diz.