Passarela garante ?novo Corínthians? em 60 dias

Por Gazeta Admininstrator

Após desencontros de informações e atraso no anúncio, o Corinthians confirmou na tarde da quinta-feira(3) a contratação do técnico argentino Daniel Passarella, que irá comandar a equipe por apenas dez meses, com prioridade de renovação por mais um ano.O acerto chegou a ficar ameaçado, quando o Corinthians teve de atrasar o início da entrevista coletiva que iria sacramentar a contratação, já que as negociações se estenderam até o ponto que Passarella entrou em acordo com o Corinthians e a parceira MSI. Seu salário foi estipulado em US$ 100 mil (R$ 264 mil).

Aos 51 anos, Passarella volta a dirigir uma equipe após 14 meses, já que seu último trabalho foi no Monterrey, do México, onde conquistou o título nacional antes de deixar o clube, em janeiro de 2004.“Estou pronto para assumir o trabalho e não temo a pressão. Não me assusta o desafio. O contrato foi feito por esses dez meses que restam do ano até 31 de dezembro, com uma opção de um ano mais”, confirmou Passarella.

Em sua apresentação como novo técnico do Co-rinthians Passarella mostrou-se ‘light’. Disse que não proibirá cabelos compridos em seus novos comandados e prometeu fazer o Corinthians funcionar em no máximo dois meses - quando o Brasileirão já estará em andamento.
“Acho que dois meses é tempo suficiente para armar um time. É fundamental formar um grupo forte internamente, e estou convencido de que isso vai acontecer”, afirmou o novo treinador.

Campeão mundial como capitão da seleção argentina, em 1978, Daniel Passarella tem até aqui um irregular currículo como treinador, com triunfos pelo time onde começou como jogador, o River Plate, e fracassos pelas seleções da Argentina e do Uruguai.

“Ele vai ter de vencer por aqui”, exigia o vice-presidente de futebol do Corinthians, Andrés Sanchez, ainda antes do anúncio oficial de Passarella como novo treinador da equipe.Passarella já havia sido procurado pela MSI para exercer a função de diretor do grupo, com status de consultor internacional. O sonho de Kia, inclusive, continua sendo que o argentino seja um diretor do grupo, com poder para ser uma espécie de superintendente de um técnico de ‘campo’, que seria Carlos Bianchi, como deseja Kia. O curto tempo de contrato explica a idéia da parceira, mas Passarella assegura que o acordo é apenas para dirigir a equipe. “Após a morte de meu pai, decidi voltar a trabalhar como treinador”, disse o argentino, que antes do falecimento de seu pai, havia recusado, segundo ele, convites de 11 equipes.

A impossibilidade de ter Bianchi, que já recusou sondagens anteriores do Santos por viver problemas familiares, forçou a MSI a concentrar suas forças em Passarella, encorpando definitivamente o núcleo argentino do Corinthians, que já tem Carlitos Tevez e Sebá Dominguez, e aguarda Javier Mascherano para o final da Libertadores.