Paulista importa o melhor café para o mercado interno

Por Gazeta News

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Comunidade News

Um brasileiro ignorou a crise e apostou em um negócio que tem forte tradição tanto nos Estados Unidos como no Brasil. O primeiro por ter um gigantesco mercado consumidor e o segundo ser um dos maiores exportadores.

Ricardo Pereira fundou a BRASC Coffee Importers em Simpsonville em 2008, já com vistas em expandir os negócios rapidamente através de um pequeno escritório localizado em um galpão, onde sacos de 60 quilos de café ficam armazenados.

Cada saco de café chega de uma pequena fazenda no Brasil operada por pessoas conhecidas de Pereira. E foi o conhecimento dos produtores que permitiu que Pereira, um apreciador do café, iniciasse o seu negócio em Nova Iorque, no meio de uma crise econômica.

A história do brasileiro oferece uma espiada de como a crise forçou muitos empreendedores a criarem empregos para eles mesmos em um mercado carente de oportunidades de trabalho.

Importar grão de café não estava entre as prioridades de Pereira. Ele trabalhou no setor de recursos humanos e compras no Brasil antes de se matricular na bob Jones University, onde se formou em 2006.

Um amigo em Greenville falou de sua ideia em começar um negócio de importação de café. Quando Pereira foi demitido de uma empresa local, durante a crise de 2008, ele decidiu que era hora de mudar de carreira e se tornar o seu próprio patrão.

Desde garoto Pereira frequentemente caminhava pelas plantações de café no interior de São Paulo, mas nunca tinha passado pela sua cabeça que um dia iria viver disso.

Ele já tinha algumas conexões no ramo. O seu primo era proprietário de uma fazenda. Outro amigo de infância cuidava da fazenda da família.

Para concretizar o negócio. Pereira viajou até o Brasil para se reunir com fazendeiros e conhecer melhor como eles cuidavam das plantações. Ele aguçou seu paladar para reconhecer as diferentes qualidades de café e fez contato com diferentes torradores de café que queriam apenas os melhores cafés para seus clientes.

O caminho percorrido por um simples grão de café no cenário internacional mostra o crescente valor dos importados para a economia da Carolina do Sul.

Praticamente todo o café da BRASC chega através do porto de Charleston em contêineres de 40 toneladas, para depois serem entregues localmente. Pereira e um funcionário descarregam o café no galpão em Greenville ou na central da empresa em Simpsonville.

O brasileiro vende o café para cafeterias locais incluindo carolina CoffeeRoasters, Liquid Highway e Leopard Forest assim como outras na costa leste e também para o mercado internacional, como Taiwan e Itália.

O Brasil foi o maior importador de produtos agrícolas da Carolina do Sul em 2010 e 2011. Nos últimos três anos, as importações de produtos da Carolina do Sul para o Brasil cresceram exponencialmente, passando de $12.3 milhões em 2009 para $122.3 milhões em 2011.

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, com 54 milhões de sacos por ano. Pereira diz que quer o melhor café para seus clientes. “Eu quero café com um gosto único. Não quero um café comum”, diz ele.