Perdendo bolsas de estudos e dinheiro, brasileiros pedem liberação para entrar nos EUA

Por Arlaine Castro

estudantes brasileiros EUA
Com a campanha no Brasil um pouco parada por causa da falta de respostas do Itamaraty e autoridades brasileiras a respeito, o jeito é esperar. Nakata enfatiza que o grupo, que antes contava com uns 200 estudantes, fez de tudo para conseguir apoio e pressionar pessoas de poder quanto ao caso. "Porém, já que nada foi liberado, o movimento acalmou e muitos foram pro México", relata. Sem bolsa de mestrado A maioria dos que perderam bolsa é estudante de pós-graduação que havia conseguido trabalho também. Bruna Pacheco é um deles. No final de agosto, Bruna começaria seu mestrado em Global Business em Fulton, Missouri, na Universidade William Woods com 100% de bolsa, mais moradia e alimentação. Tenista, ela tinha conseguido um emprego como Assistant of Sports Information Director na área de comunicação de esportes da universidade. "Já estava tudo encaminhado. Me formei na área de comunicação para poder trabalhar com isso. Porém, agora, estou procurando qualquer posição na universidade para eu poder voltar!", desabafa.

Brasileiros perdem bolsa de estudos por não conseguirem entrar nos EUA

A estudante conta que algumas pessoas estão indo para o Equador tirar o visto, uma vez que no Brasil a emissão está suspensa temporariamente. "Teve gente que foi para o Equador para poder tirar o visto e depois entrar nos EUA. Lá e em outros países estão liberando o visto. No Brasil que não. Também liberaram a entrada de estudantes de outros países como viagem essencial, mas o Brasil infelizmente continua de fora", analisa. Os estudantes tentam pressionar as autoridades brasileiras para que intercedam, mas, segundo eles, nada foi feito até agora. "Temos tentado entrar em contato com o Itamaraty, embaixada, deputados, mas recebemos sempre a mesma resposta - que eles não podem fazer nada - e a gente continua no escuro, sem saber quando vamos poder retornar para as nossas faculdades", diz a jogadora de vôlei da University of North Carolina - Asheville, Camilly Cristiny, que também segue fazendo aulas online em sua casa no Rio de Janeiro e não perdeu a bolsa. Mesmo assim, sente por estar perdendo os treinos. O Gazeta News entrou em contato com os deputados Kim Kataguiri, Tabata Amaral e Caroline De Toni, mencionados pelos estudantes, e também novamente com o Itamaraty, mas não houve retorno até o momento da publicação desta matéria. A informação dada ao GN pelo Itamaraty no dia 18 de agosto é de que “o governo brasileiro está em permanente contato com as autoridades norte-americanas em busca de soluções para esses e outros casos decorrentes de restrições migratórias e sanitárias impostas durante a pandemia de COVID-19. É necessário, porém, compreender que, em todo o mundo, a autorização de ingresso em território de país estrangeiro é competência exclusiva e soberana das autoridades imigratórias do respectivo país”.
 
 
 
 
 
 
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O vídeo disse tudo que tínhamos para falar. Se nosso próprio governo não nos ajuda, quem vai? Compartilhem!! ?

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