Peregrinos morrem durante apedrejamento no haj

Por Gazeta Admininstrator

Mais de cem peregrinos muçulmanos morreram e outras dezenas ficaram feridas nesta quinta-feira em meio a uma multidão que participa em Meca, na Arábia Saudita, do haj, a mais importante festividade religiosa do Islã. As mortes ocorreram durante o ritual do "apedrejamento do diabo". A maioria das vítimas seria originária de Paquistão, Afeganistão, Índia e Egito.

- Contamos mais de uma centena de cadáveres. A maioria das vítimas morreu por asfixia ou pisoteada - disse Mir Husein, membro dos serviços de socorro que estavam no local no momento da tragédia.

O Ministério de Interior da Arábia Saudita havia informado mais cedo, por meio de um comunicado, que um número incerto de pessoas morreu após um tumulto na entrada norte da Ponte de Jamarat, em Mena.

O haj, que reúne cerca de dois milhões de pessoas, já foi marcado por tragédias de dispersão desordenada de fiéis. O festival, que acontece todo ano e atrai muçulmanos de várias partes do mundo, começou no domingo e termina nesta quinta-feira.

A peregrinação a Meca é um dos cinco pilares da religião islâmica. De acordo com o Corão, o livro sagrado do Islã, todo muçulmano deve ir pelo menos uma vez na vida à cidade saudita.

Em 1990, mais de 1.400 peregrinos morreram em um tumulto semelhante em um dos túneis que leva às colunas de Mena, onde os fiéis lançam sete pedras recolhidas durante o caminho. Uma nova tragédia foi registrada em 2004, quando 244 morreram durante o ritual, considerado o mais perigoso da peregrinação.