Americanos raramente aceitaram bem os refugiados, diz pesquisa

Por Gazeta News

refugiados da indochina

Desde os ataques de Paris, os governadores de pelo menos 30 estados passaram a se opor ao plano de Obama de trazer 10 mil refugiados Sírios aos Estados Unidos, com medo que terroristas se infiltrem entre o grupo.

De acordo com uma pesquisa do Bloomberg Politics, 53% dos americanos não querem aceitar nenhum refugiados sírio; 11% disseram que aceitariam apenas cristãos.

Este ano, os EUA resolveram aceitar 85 mil refugiados ao todo, em ver de 70 mil no ano fiscal de 2015, que terminou em 30 de setembro, para poder acomodar o aumento de refugiados sírios e para ajudar a lidar com o influxo de centenas de milhares de imigrantes não só daquele país, como do Iraque, Afeganistão e outros.

Em uma pesquisa feita em setembro, quase houve um empate dos americanos que aprovaram esta mudança (51% a favor e 45% contra), embora ainda não se sabe se a opinião mudou desde os ataques de Paris em 13 de novembro.

De acordo com o Pew Research Center, a opinião pública nos EUA sobre a aceitação de grandes números de refugiados ao longo das últimas oito décadas foi similar.

Nos anos antes e depois da Segunda Guerra Mundial, a maioria dos americanos foi contra a entrada de refugiados nos EUA. Em 1938, 67% eram contra a entrada de refugiados alemães e austríacos. Em 1939, houve oposição similar em relação a 10 mil crianças refugiadas vindo da Alemanha.

Em 1947 havia um número estimado de 800 mil pessoas desabrigadas pelo mundo. Alguns estados americanos com queda populacional aceitaram refugiados, mas a atitude do público continuou sem dar boas vindas. Mesmo assim, em 1952, os EUA já haviam admitido um pouco mais de 400 mil refugiados, a maioria da Europa e União Soviética.

Depois que tropas soviéticas acabaram com a revolução húngara em 1956, aproximadamente 200 mil húngaros fugiram para Áustria e Iugoslávia. Em julho de 1958, o Gallup fez uma pesquisa entre os americanos sugerindo que os EUA aceitariam 65 mil refugiados. Mas da metade (55%) foi contra. No fim, 30.752 húngaros foram aceitos com o Hungarian Refugee Act, em 1958.

Em 1979, 62% dos americanos foram contra a vinda de refugiados da Indochina, após o colapso do sul do Vietnã em 1975. Em 1980, 71% foram contra a vinda de refugiados cubanos. Fonte: Pew Research Center.