Pesquisa: governos 'não seguem vontade popular'

Por Gazeta Admininstrator

Uma pesquisa feita em 68 países chegou à conclusão de que 65% das pessoas entrevistadas não acham que seu país é governado pela vontade popular.
O levantamento foi feito pelo Instituto Gallup para o Serviço Mundial da BBC, ouvindo um total de 50 mil pessoas.

Apenas na Escandinávia e na África do Sul, a maioria acredita que é governada de acordo com a sua vontade.

Mas 47% dos pesquisados acreditam que as eleições em seus países são livres e justas.

Nos Estados Unidos e no Canadá, esse número chega a 55%, e a 82% em países da União Européia (UE), mas apenas 24% na África Ocidental.

Líderes religiosos

Existe uma grande diferença entre as regiões em relação ao que as pessoas pensam sobre a capacidade delas de controlar suas vidas.

A América Latina é onde o maior número delas, 65%, acha que controla a própria vida, seguida do Canadá e Estados Unidos (62%) e Europa (53%).

Na África, no Leste Asiático, em países do Oceano Pacífico e no antigo bloco soviético, as pessoas acham que têm menos controle sobre suas vidas.

A pesquisa também constatou que apenas 13% das pessoas confiam nos políticos, e só 16% delas acham que eles devem ter mais poder.

Cerca de um terço dos pesquisados acha que escritores e acadêmicos deveriam ter mais poder.

Um quarto deles acha que os líderes religiosos, percebidos como o grupo de maior confiança, deveriam ter mais poder.

E um quinto dos que responderam a pesquisa acham que militares, empresários e jornalistas devem ter mais poder.

A pesquisa constatou que a família é quem exerce a maior influência sobre as pessoas.

Das pessoas ouvidas, 61% disseram que o parceiro ou integrante da família foi quem mais influenciou a vida delas no ano.

No México, esse número chega a 88%. A América do Norte é a região onde a família tem a menor influência para o maior número de pessoas, 65%.

Na América do Norte, uma grande variedade de pessoas influenciam nas decisões das demais, especialmente líderes religiosos, segundo 12% dos pesquisados.