Pesquisa reduz previsão de crescimento mundial em 2012

Por Gazeta News

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Uma pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu as previsões de crescimento para as maiores economias do mundo em seu relatório semestral sobre as previsões para 2012, e disse que a zona do euro entrou em recessão. A organização cortou a perspectiva para o crescimento econômico em seus 34 membros para 1,9% neste ano e 1,6% em 2012, de 2,3% e 2,8% previstos em maio, respectivamente.

A OCDE também alertou que a crise da dívida da zona do euro, que está agora afetando países vistos anteriormente como portos seguros, poderá “aumentar fortemente a ruptura econômica se não for solucionada”. Agora que a economia da zona do euro recuará 1% a uma taxa anualizada no último trimestre deste ano e 0,4% nos primeiros três meses de 2012. A economia do bloco de 17 países crescerá somente 0,2% em 2012, afirmou a organização.

A OCDE alertou que os possíveis, mas improváveis resultados, como um ‘default’ desordenado da dívida pública, ou uma ruptura do euro, teriam graves consequências em todo o mundo.

A organização prevê que os EUA, a maior economia do mundo, crescerá 2% em 2012, ante a previsão de alta de 3,1% em maio. Segundo a OCDE, a economia norte-americana crescerá 2,5% em 2013.

PIIGS também devem ter crescimento reduzido

A OCDE reduziu suas previsões para o crescimento dos países conhecidos pela sigla PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha).

Segundo a organização, a economia de Portugal terá contração de 3,2% em 2012, maior do que a de 1,5% prevista em maio. A estimativa para a taxa de desemprego também foi elevada, de 12,7% para 13,8%.

A economia italiana deve sofrer contração de 0,5% em 2012, abaixo da alta de 1,1% prevista em maio. A Irlanda deverá ter expansão de 1,2% neste ano, em vez de ficar estável como era previsto. A economia da Grécia, por sua vez, deverá ter contração de 6,1% neste ano e de 3,0% em 2012, segundo a OCDE. A Espanha, que é a quarta maior economia da zona do euro, terá crescimento de 1,6%.