Pesquisa do Reino Unido encontra toxina cancerígena no arroz

Por Gazeta News

arroz foto flickr site
[caption id="attachment_137790" align="alignleft" width="300"] Mudança no método tradicional de cozinhar o arroz pode diminuir ao risco à saúde. Foto: Flickr.[/caption]

A técnica tradicional de cozinhar o arroz pode trazer sérios riscos à saúde, aponta uma pesquisa de uma universidade do Reino Unido.

De acordo com o professor Andy Meharg, da Universidade de Queens, na Inglaterra,o arroz pode liberar arsênico quando utilizado da maneira tradicional, que consiste em usar a proporção de duas partes de água para uma de arroz e ferver o alimento até que todo o líquido evapore.

Após pesquisar sobre esse procedimento, Meharg descobriu vestígios de arsênico no arroz, um elementoquímico associado a uma série dedoenças, comocâncere diabetes.

A descoberta foi divulgada em uma entrevista ao canal BBC, de Londres. O professor explicou ainda que, o arsênico é um produto químico encontrado naturalmente no solo e pequenas quantidades podem infectar o alimento.

Geralmente, os níveis tóxicos nos alimentos são tão baixos que não causam preocupação às autoridades, porém, como o arroz é cultivado em plantações inundadas, esse método faz com que o arsênico do solo entre com mais facilidade nos grãos.

De acordo com as informações divulgadas, o arroz tem cerca de 10 a 20 vezes mais arsênico do que outras culturas de cereais.

“A única coisa que posso comparar (com o ato de comer arroz) é fumar. Se você fuma um ou dois cigarros por dia, seus riscos serão muito menores do que os riscos de uma pessoa que fuma 30 ou 40 cigarros diariamente. Depende da dose, quando mais você comer, maior é o risco”, enfatizou Meharg.

Em 2014, a Food and Drug Administration (FDA) que regula medicamentos ealimentosnos EUA, apresentou uma pesquisa que revelou que os níveis de arsênico em mais de 1.300 amostras de arroz não oferecem risco imediato ou no curto prazo para a saúde, mas ainda não havia conclusão sobre a relação entre o consumo do grão e doenças crônicas.

A preocupação estende-se principalmente à quantidade de porções do grão ingeridas pelascrianças ou bebês e que podem impactar o desenvolvimento imunológico, o crescimento e o desenvolvimento do QI.

Retirada do arsênico

Não há necessidade de parar de consumir o alimento, segundo o professor. Ele descobriu duas outras maneiras de cozinhar o arroz de modo que ele elimineparcialmente o arsênico.

Na primeira, os níveis do produto tóxicoforam quase reduzidos pela metade ao usar uma proporção de cinco partes de água para uma parte de arroz e ainda tirar o excesso de água.

Na segunda, recomenda-se deixar o arroz de molho durante a noite e depois tirar a água. Assim, o grau de toxina éreduzido em 80%.