Piloto que violou espaço aéreo dos EUA pode ser

Por Gazeta Admininstrator

O governo norte-americano considera tomar "sérias medidas" contra o piloto do avião que, esta semana, violou o espaço aéreo da capital federal americana --o vôo provocou a retirada de diversos funcionários dos prédios do Congresso e da Casa Branca, em Washington.

"A ação que tomarmos não será leve", afirmou Greg Martin, porta-voz da FAA (Administração Federal da Aviação). Segundo o especialista, o piloto Hayden Sheaffer Jr. pode ser proibido de voar.

O jornal "The Washington Post" afirma que Sheaffer, 69, ficou paralisado quando viu outras aeronaves próximas do Cessna 150 que pilotava. Depois de perceber que estava "acompanhado", ele teve dificuldades em controlar o monomotor.

Troy D. Martin, 36, que estuda para tornar-se piloto e estava com Sheaffer, assumiu o controle do avião e fez uma aterrissagem no aeródromo de Frederick, no subúrbio norte da cidade. Até o dia do incidente, Martin tinha apenas 30 horas de vôo.

Dois caças F-16 decolaram da Base Andrews, nos subúrbios de Washington e se dirigiram para interceptar o avião particular, que não respondia às ordens emitidas por rádio para se afastar da capital.

Os pilotos lançaram foguetes-sinalizadores de alerta no momento em que o pequeno avião se encontrava a menos de 5km da Casa Branca. Em seguida, o Cessna mudou seu rumo e, escoltado por um helicóptero Black Hawk, se dirigiu ao aeródromo onde pousou.

O espaço aéreo de Washington é zona restrita desde os ataques de 11 de setembro de 2001, quando quatro aviões comerciais foram seqüestrados. Dois deles foram lançados contra o World Trade Center, em Nova York, o terceiro se espatifou sobre o Pentágono e o quarto caiu na Pensilvânia.