Entrevista com Gary Brozenich, Supervisor de Efeitos Especiais de Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

Pirates of Caribbean 5 -capa blu-ray

A quinta parte de uma das franquias mais famosas do estúdios Disney, Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales, navega para o Blu-ray e DVD no dia 3 de outubro.

O filme acompanha o famoso capitão Jack Sparrow e sua busca pelo tridente de Poseidon, que dá ao seu dono o poder de controlar os sete mares. Mas nessa caçada ele terá que enfrentar o capitão Salazar e fazer uma aliança com uma astrônoma e um marujo da marinha real.

No elenco estão Johnny Deep, Javier Bardem, Geoffrey Rush, Brenton Thwaites, Kaya Scodelario, entre outros. Retornam também para essa quinta parte, a atriz Keira Knightley como Elizabteh Swann, e Orlando Bloom como Will Turner.

A última vez que as personagens principais do primeiro filme interpretadas por Johnny, Keira e Orlando se reúnem desde Pirates of the Caribbean: At World’s End de 2007. Tive a oportunidade de conversar por telefone com o supervisor de efeitos especiais Gary Brozenich sobre a experiência de estar de volta nessa franquia, as colaborações com os diretores e muito mais. Vamos conferir trechos da entrevista:

[caption id="attachment_153933" align="alignright" width="167"] Foto: Disney Studios[/caption] Jana - Como você se sentiu em voltar para essa franquia? Gary - Eu amo o universo dos Piratas. Para mim, é a melhor combinação de figurinos com uma realidade suja. Há certas coisas que simplesmente não poderiam estar no mundo real mas que fazem todo sentido nesse universo dos piratas. Nesse filme pudemos ampliar as histórias, os fantásticos ambientes e principalmente as ideias. O que foi uma ótima diversão para mim, para o elenco e o restante da equipe. Jana - Como foi a colaboração com os diretores Joachim Rønning e Espen Sandberg? Gary – Joachim e Espen foram muito abertos conosco e o que podíamos fazer com os efeitos especiais. Eles possuem experiência em filmes e comerciais e entendem o que era possível, mas quando você tem um filme tão amplo quanto as suas necessidades e possibilidades como os Pirates of Caribbean, todos acabam fazendo e qualquer ajuda ou ideia e bem-vinda. Jana – E como foi trabalhar com a experiente produtora de efeitos especiais Tamara Watts Kent? Gary – Foi excelente! Tamara e eu nos tornamos bons colaboradores. Ela é muito experiente em produções de alto nível e especialmente nos estúdios Disney, que foi extremamente valiosa. Ela assegurou que os diretores e toda equipe pudessem ter o que queriam e precisavam e eu assegurei que os desejos fossem cumpridos. Jana – Como foram as abordagens e expectativas sobre os efeitos visuais? Gary – Devido à significativa sobreposição de vários aspectos práticas, figurinos e efeitos especiais, tivemos muitas reuniões colaborativas com os outros departamentos antes do planejamento completo e final. Eu tive muitas reuniões com com Nigel Phelps, o Designer de Produção (Production Designer) para falar sobre as visual de vários aspectos do filme. Navios, fantasmas, pássaros, paisagens. Nigel apresentava a sua visão deste mundo e eu entrava quando se tornaria necessário os efeitos especiais. Essa colaboração também foi feita com Dan Oliver, Supervisor de efeitos especiais sonoros. Jana – As empresas de efeitos especiais que você usou estavam ao redor do mundo. Como foi essa dinâmica? Gary - Eu não dormia muito! (risos) Quase todo o trabalho foi dividido entre o Londres, na Inglaterra, e Montreal, no Canadá. A produção, editorial e pós-produção foi feita em Los Angeles. Passei muitos meses viajando entre essas três cidades durante a pós-produção. Fiz muitas revisões de madrugada quando, muitas vezes, já era dia na outra cidade.