Plano Climático dos EUA - Pense Green

Por Fernando Rebouças

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No dia 25 de junho de 2013, o presidente Barack Obama lançou o Plano de Ação Climática dos Estados Unidos, com o objetivo principal de cortar em 17% as emissões de gases de efeito estufa até 2020, considerando os níveis de emissões registrados em 2005. Dentre as principais medidas, o plano prevê políticas que limitam a quantidade de poluentes em usinas geradoras de eletricidade mantidas com combustíveis fósseis.

O governo dos EUA também prevê incentivos à geração de energia renovável (solar e eólica), e inclusão de projetos de prevenção de desastres naturais. O presidente norte-americano apresentou o plano durante discurso na Universidade Georgetown. Apesar das boas intenções, o plano foi criticado por especialistas e setores produtivos.

O setor de produção de carvão reclamou pelas limitações mercadológicas que sofrerá em virtude dos controles, engrossando as críticas dos republicanos que acusam o democrata presidente de esquecer da recuperação econômica do país. Em seu primeiro mandato, Obama tentou lançar planos de redução de emissões de gases de efeito estufa por meio de sistema de limites e créditos de carbono, mas, na época, o projeto não passou no Congresso.

Segundo estudiosos brasileiros, os EUA está sendo pouco ambicioso no processo de redução de emissões, porém, o novo plano é um primeiro passo importante que poderá incentivar outros países desenvolvidos a implantarem planos climáticos de cortes de poluentes similares, ajudando a reduzir possíveis impactos da mudança climática global.

Cientistas esperavam um corte de emissões acima dos 17% do total que o país emite, porém, o lançamento desse plano inédito poderá abrir caminho para um novo posicionamento de políticas ambientais por parte dos EUA nos próximos anos, país tradicionalmente acusado de não se preocupar com o aquecimento global em sua produção de alta escala, sendo o segundo maior consumidor de energia depois da China. Segundo especialistas brasileiros, o compromisso assumido por Obama é o mesmo assumido pelos EUA em 2009, durante a realização da COP 15, conferência climática de Copenhague, porém, no mesmo ano, o compromisso foi derrubado no Congresso. Entretanto, na atual situação, o plano será implementado sem necessitar de aprovação do Congresso, diretamente pelo Executivo.