Poeira do WTC envelheceu pulmão de bombeiros em 12 anos.

Por Gazeta Admininstrator

Equipes de resgate expostas à poeira resultante do colapso do World Trade Center (WTC) sofreram declínio pulmonar precoce igual a 12 anos.

Análises realizadas com 12 mil homens que trabalharam no local feitos ao longo do primeiro ano após os atentados, revelaram que aqueles que estiveram no WTC, logo após a queda dos prédios, sofreram os maiores danos.

Especialistas do Montefiore Medical Center, em Nova York, compararam exames de pulmão feitos antes e depois dos ataques.

Os dados da pesquisa foram divulgados no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

De acordo com os pesquisadores, uma pesquisa recente mostra que alguns dos homens ainda apresentam problemas respiratórios.

A pesquisadora Gisela Banauch e seus colegas do Montefiore Medical Center foram capazes de observar a função respiratória do Departamento de Bombeiros da Cidade de Nova York de 1997 em diante, porque os trabalhadores são examinados rotineiramente a cada 18 meses.

Os resultados dos exames feitos antes de 11 de setembro foram comparados com exames feitos em 12.079 trabalhadores nos 12 meses subseqüentes.

Os cientistas constataram uma redução significativa no volume expiratório forçado - ou seja, a quantidade de ar que pode ser expirada em um segundo - no primeiro ano após o atentado.

Cerca de 13% da equipe foi exposta à maior quantidade de poeira. Esses são os trabalhadores que chegaram na manhã do desastre e que estavam presentes no momento do colapso dos prédios.

Um outro grupo, equivalente a 67.8% da equipe, chegou ao local dois dias após o colapso. A última parcela, com 16% dos homens, só começou a trabalhar após o terceiro dia.

Os que chegaram ao local nos primeiros dois dias após o colapso, apresentaram problemas respiratórios mais freqüentes e mais severos do que os que foram depois.

Apenas 22% dos que chegaram no primeiro dia usavam máscaras protetoras. No segundo dia, esse número subiu para 50%.

De qualquer forma, os pesquisadores não acreditam que as máscaras ofereciam de fato proteção.