Polêmica na propsota de câmeras em shoppings

Por Gazeta Admininstrator

O polêmico projeto de lei que determina que sejam instaladas câmeras de segurança em todos os shoppings centers de Broward só entrará em votação em novembro, uma vez que os comissioners (represenantes locais) decidiram adiar o debate, alegando questões econômicas, legais, e até mesmo morais.

Os comissioners promoveram debate sobre o tema, na semana passada, e decidiram não tomar a decisão final até que a lei seja ajustada e, novamente, debatida.

Representantes de grandes lojas como Macy’s, Wal-Mart e Publix já iniciaram lobby para tentar barrar a legislação, de autoria do comissioner Josephus Eggelletion. O projeto foi apresentado logo após o assassinato, em Pompano Beach, do sargento Chris Reyka, do escritório do Xerife de Broward, em agosto de 2007 e de Nancy Bochicchio, 47, e de sua filha Joey, de 7 anos, em dezembro do mesmo ano, no Boca Raton Town Center Mall.
Eggelletion argumenta que câmeras de vídeo, 24 horas por dia, sete dias por semana, gerariam mais pistas para a polícia e ajudaria a deter os criminosos.

O projeto ajustado propõe que sejam ins-taladas câmeras em farmácias e lojas comerciais que tenham mais de 25 mil pés. Até agora, não se sabe ao certo quantos negócios seriam enquadrados na obrigatoriedade, e quantos já têm câmeras instaladas.

Muitos proprietários de lojas, no entanto, questionam se as pistas deveriam ser provenientes, de fato, das câmeras, e argumentam que a proposta tem como alvo apenas lojas comerciais e não outros edifícios. Cynthia Baker, gerente do Lauderhill Mall, observou que o custo de instalação das câmeras seria “proibitivo”porque o mall está em fase de reforma e as câmeras teriam que ser instaladas durante as obras.

O prefeito de Hallandale Beach, Joy Cooper, acredita que a discussão sobre as câmeras de segurança deveria ser feita no âmbito de cada cidade. “Esse é um mandato infundado e, além disso, quem é que vai fiscalizar isso”, argumentou. O diretor de Relações com o Governo do Publix, S. Randy Roberts chamou a proposta padronizada de injusta porque, segundo ele, muitos edifícios em Broward não têm câmeras. “Como é que você coloca essa responsabilidade sobre as empresas e não sobre o governo?”, perguntou ele durante reunião que discutiu o tema. Foi aplaudido. O silêncio terminou quando Joann Bruno tomou a palavra. Sua irmã, Nancy Bochicchio, e sobrinha, Joey, de 7 anos, foram mortas no Boca Raton Mall.

- Me parece que é adequado dizer que qualquer desses proprietários de lojas colocaria um preço para a vida. Espero que alguma coisa seja feita. Não quero que isso aconteça com ninguém mais. Não sabemos quem fez isso, mas sabemos que continua solto lá fora. Ninguém sabe de nada. Mas se tivessem uma câmera lá, poderia ter pego o assassino – disse.