O bom olfato com que conta o agente especial Carlos Lisboa para patrulhar as ruas de Palm Beach e lutar contra as gangues, agora tem o respaldo de uma ferramenta tecnológica: o CAD.
Essa é a sigla de um sistema de informática para obter, no computador portátil de cada patrulheiro, os antecedentes penais dos supseitos que rondam as vizinhanças de um condado que, ultimamente, tem sido perturbado por gangues perigosas tais como a conhecida como Mara Salvatrucha e Calle 18.
- Isso nos permite ter maior critério no momento de decidir se devemos deter ou não um veículo. Assim não perdemos tempo com pessoas sem antecedentes criminais, e nos concentramos naqueles que realmente são suspeitos de algum delito, como ocorre com os integrante de gangues – explica Lisboa.
A iniciativa, é devida ao alarmante crescimento das gangues. Há duas semanas, um juri estadual, com sede em West Palm Beach, recomendou ao governador da Flórida, Charlie Crist, que incremente o orçamento para enfrentar as gangues, especialmente nos condados do Sul da Flórida.
De acordo com um relatório interno da justiça local, de 56 páginas, as gangues têm se sofisticação ao ponto de utilizar recursos tecnológicos de internet, particularmente o site MySpace, com o objetivo de recrutar novos adeptos.
O documento detalha ainda que há intenção dos integrantes de gangues em se infiltrar em organizações militares e de luta contra o crime, a fim de receber treinamento no uso de armas sofisticadas.
De acordo com o fiscal geral Bill Mc Collum, a Flórida é o estado no qual há um crescimento mais rápido no número de gangues, nos últimos 25 anos, em todo o País. Atualmente, estima-se que no estado existam 1,5 mil gangues, formadas por mais de 65 mil integrantes.
No caso de Palm Beach, apenas em dezembro, foram processados 10 integrantes de gangues, considerados de alta periculosidade, e especialistas no uso de armas de grande porte. Eles foram presos em Westgate, a Oeste de West Palm Beach.
De acordo com Lisboa, uma das estratégias imediatas da polícia, em Palm Beach, é encarar o problema em distintos níveis, aplicando uma política de “tolerância zero” que, de acordo com o oficial, “ataca os delitos menores para evitar os maiores”.
