Polícia Civil do Rio pára por 48 horas e ameaça greve durante o Pan

Por Gazeta Admininstrator

Os policiais civis do Rio de Janeiro aprovaram, na segunda-feira, 9, greve de 48 horas. A categoria reivindica reescalonamento salarial (reajuste médio de 50%) e incorporação de gratificação a inspetores e investigadores. Segundo Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sinpol), 30% do efetivo foi mantido nas delegacias, para a realização de serviços essenciais e de emergência.

O movimento grevista tomou fôlego a quatro dias da abertura oficial dos Jogos Pan-Americanos, que começam na sexta-feira. Segundo o presidente do Sinpol, Fernando Bandeira, a data é "é mera coincidência."

A paralisação foi aprovada em assembléia, no início da tarde, e vai atingir toda a Polícia Civil, inclusive o Instituto Médico Legal (IML). "A gente quer fazer o que a Polícia Federal está fazendo. Quer ter autonomia. Com operações como a Hurricane (Furação), a gente viu uma luz no fim do túnel, isso deu motivação. Nossa categoria está esmagada, sucateada, desmotivada. Infelizmente, a maioria das autoridades policiais é corrupta. Por que a gente não prende bicheiro, precisa vir a PF? Ou os delegados são cegos, ou incompetentes, ou coniventes. A rede de corrupção formada pela cúpula da polícia com o jogo do bicho foi desarmada, mas algumas coisas persistem. Eu não vou compactuar", afirmou o sindicalista.

O governo já propôs reajuste médio de 3,5%, uma reposição da inflação no período de um ano, que foi rejeitado pela categoria. Nesta segunda-feira, informou por meio de nota que "é orientação do governador Sérgio Cabral que toda e qualquer folga no orçamento seja utilizada para valorizar a categoria policial". "A orientação é de que, ainda este ano, seja concedido aumento."