Polícia confunde e mata brasileira por engano em Portugal

Por Gazeta News

Ivanice Carvalho da Costa
[caption id="attachment_156987" align="alignleft" width="300"] Ivanice seguia para o trabalho. Foto: arquivo pessoal.[/caption]

Uma operação da polícia de Lisboa acabou com a morte de Ivanice Carvalho da Costa, brasileira de 36 anos, na madrugada da última quarta-feira, 15.

Segundo informações de jornais locais, policiais teriam confundido o carro em que Ivanice estava com o de assaltantes e, como o motorista também não parou após a ordem dos policiais, eles atiraram dezenas de vezes.

A polícia de Lisboa estava em busca de um veículo Seat Leon preto usado por ladrões que atacaram um caixa eletrônico, no Pragal. As buscas mobilizaram, então, várias equipes e barreiras foram colocadas em alguns pontos da cidade em uma tentativa de reduzir as possíveis rotas de fuga dos suspeitos.

Por volta das 3h30, o carro em que estava a brasileira, um Renault Megane preto, passou por uma das blitz e desobedeceu a ordem e parada. O motorista, que também é brasileiro, continuou em frente por estar sem habilitação e sem seguro do carro.

Ele se assustou ao ver o aparato policial e tentou recuar. O carro furou uma barreira policial e foi atingido por cerca de 20 disparos, ainda de acordo com o jornal.

Em um comunicado, a polícia afirmou que o carro “aparentava corresponder às características do veículo suspeito”, desrespeitou uma ordem de parada e tentou atropelar policiais, o que obrigou os agentes a responderem com os disparos.

A polícia afirmou ainda que o veículo voltou a ser interceptado na Avenida Cidade do Porto, no bairro dos Olivais. Ivanice morreu no local. Ela trabalhava em uma loja de departamentos no aeroporto de Lisboa e estava indo trabalhar.

O motorista, que era companheiro da vítima, foi detido por condução sem habilitação, desobediência ao sinal de parada e por condução perigosa. Os assaltantes não foram detidos.

O Consulado do Brasil em Portugal emitiu nota em que “lamenta profundamente” o ocorrido e está acompanhando o caso, inclusive já entrou em contato com familiares que moram no Paraná que disseram não ter recursos para traslado do corpo para o Brasil.