Polícia Federal realiza mandado de busca na casa de Eduardo Cunha

Por Gazeta News

Casa de Eduardo Cunha, em Brasília, cercada por policiais federais. Foto:/MARCELO CAMARGO (AGÊNCIA BRASIL)
[caption id="attachment_102028" align="alignleft" width="300"] Casa de Eduardo Cunha, em Brasília, cercada por policiais federais. Foto:/MARCELO CAMARGO (AGÊNCIA BRASIL)[/caption]

Em continuidade à Lava Jato, a Polícia Federal cumpriu, no dia 15, mandados de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília, e na casa dele no Rio de Janeiro. Batizada de operação Catilinárias, a ação é a segunda da PF desde que o peemedebista foi denunciado, em agosto, pelo crime de lavagem de dinheiro e corrupção por suspeita de receber cinco milhões de dólares para intermediar a construção de navios-sonda para a Petrobras.

Os investigadores já haviam buscado documentos na Câmara para investigar a ação de Cunha em favor de empreiteiros presos neste esquema criminoso. A assessoria do investigado disse que ele estava na casa no momento que a polícia chegou. No local, policiais aprenderam três celulares, três computadores, um tablet e documentos.

As casas do ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera - que chegou a ser chamado de "pau-mandado de Cunha" pelo doleiro e delator Alberto Youssef -, do ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN), do senador Edison Lobão (PMDB-MA), do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), e do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) também foram alvos dos investigadores. Gomes é ligado ao presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que também é alvo de inquérito na operação. O diretório estadual do partido em Alagoas foi alvo de buscas da PF.

Ao todo, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou as buscas em 53 locais divididos entre São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte. São escritórios de advocacia, órgãos públicos e sedes de empresas suspeitas de envolvimento nos desvios de recursos da Petrobras. Os investigados respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros. Fonte: El País.