Polícia mata homem em estação de metrô de Londres

Por Gazeta Admininstrator

A polícia de Londres afirmou nesta sexta-feira que matou um homem na estação de metrô de Stockwell (sul da cidade), que foi fechada após o incidente. Ambulâncias e helicópteros foram enviados ao local.
Ainda não se sabe a identidade do homem nem se a morte tem conexão com as tentativas de explodir quatro bombas na cidade na quinta-feira. Os suspeitos estão foragidos e a polícia londrina realiza uma grande busca por eles.

O passageiro Mark Whitby disse à BBC que viu um homem, que ele acredita ser um policial à paisana, atirar contra um homem que tentou entrar em um trem na estação de Stockwell, no sul da capital britânica.

"Vi um homem sul-asiático correndo para o trem, sendo perseguido por três policiais à paisana. Um deles estava carregando um revólver, que parecia uma pistola automática. Eles empurraram o homem para o chão, o imobilizaram e dispararam cinco tiros contra ele", disse Whitby.

Os serviços nas linhas de metrô de Victoria e Northern, que já tinham sido interrompidos depois das explosões de quinta-feira, foram suspensos depois do pedido da polícia, segundo uma declaração do Metrô de Londres.

A East London Mosque é uma das maiores de Londres

Mesquita

A polícia de Londres também cercou brevemente nesta sexta-feira uma das maiores mesquitas da cidade, a East London Mosque, depois de uma suposta ameaça de bomba no local.

Ainda não está claro se o cerco à mesquita, localizada no bairro de Whitechapel, tem relação com os incidentes de quinta.

Um morador da região onde fica a mesquita disse à BBC que a polícia pediu para que todos ficassem em suas casas durante o cerco.

As tentativas de explosões paralisaram o sistema de transporte de Londres na quinta-feira, exatamente duas semanas depois da série de atentados que matou 56 pessoas na cidade.

Extremistas tentaram detonar bombas em três trens do metrô e em um ônibus na capital britânica, mas, segundo a polícia, apenas os detonadores explodiram, sem causar grandes estragos.

Segundo o chefe da polícia metropolitana, Ian Blair, "a intenção, claramente, era matar. Você não faz isso com nenhuma outra intenção".

Ian Blair disse que há "ressonância" entre os ataques de quinta-feira e os de duas semanas atrás, mas ainda é cedo para afirmar que todos os atentados estão conectados.

Os incidentes de quinta-feira começaram por volta das 12h30, hora local, com bombas nas estações de Warren Street, no centro de Londres, Sheperd's Bush, no oeste, Oval, no sul e em um ônibus em Shoreditch, leste da capital.

Assim como no dia 7 de julho, acredita-se que as bombas estavam escondidas em mochilas.

A polícia acredita que três delas eram do mesmo tamanho das bombas de duas semanas atrás, enquanto que a quarta era menor e parece ter sido carrecada em uma caixa de plástico.

Acredita-se que os detonadores explodiram, causando barulho, mas não detonaram as bombas em si. Os responsáveis conseguiram escapar.