Política militar de Bush é criticada por Democratas

Por Gazeta Admininstrator

Em Washington Democratas fazem pesadas críticas ao presidente George W. Bush e sua estratégia de manter ataques preventivos no intuito de garantir a segurança dos Estados Unidos.

Essa estratégia foi comumente usada na intervenção militar no Iraque, cujo governo, liderado pelo presidente deposto Saddam Hussein, era acusado de abrigar terroristas e desenvolver um arsenal de armas de destruição em massa. No entanto, até o momento, nenhuma dessas acusações foram de fato confirmadas.

Em sua defesa, a Casa Branca alega que a política de ataques preventivos é um instrumento legítimo de defesa própria frente à ameaça de atentados extremistas ou ataques de um país, como o Irã.

O governo do Teerã também é acusado de amparar financeiramente o terrorismo, ameaçar Israel, ser contra qualquer acordo de paz no Oriente Médio e acesso à democracia, por isso o documento intitulado Estratégia de Segurança Nacional destaca que é impossível que não haja outro desafio tão grande como o Irã. "Se necessário for, em virtude dos princípios de defesa própria, não descartamos o uso da força antes que os ataques ocorram", diz o documento, que ressalta, no entanto, a importância do diálogo sobre o conflito armado. "Este esforço diplomático deve ter êxito se quisermos evitar o confronto", avalia.

Criticas dos Democratas.
O Senador Democrata Ted Kennedy, um dos congressistas mais críticos da invasão no Iraque, é contrário a essa idéia e diz que seria nefasto o atual governo ressuscitar a doutrina radical da guerra preventiva.
Kennedy acrescentou que, sob qualquer ponto de vista, essa política foi "um imenso fracasso no Iraque e enfraqueceu nossa segurança". "Esta administração perigosamente incompetente é incapaz de aprender com sua própria história, e no terceiro aniversário da guerra só podemos rezar para que não volte a ocorrer", completou.

Para o Democrata José Serrano, o governo Bush demonstrou com sua nova "Estratégia de Segurança Nacional" que "claramente não aprendeu muito nos últimos anos".

Já para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Georgetown, em Washington e ex-membro do Conselho de Segurança Nacional do ex-presidente Bill Clinton, Charles Kupchan, o esforço diplomático ressaltado pela estratégia diminui seu tom beligerante. "Ser mais amável e moderado faz parte do objetivo do segundo mandato de Bush e assim reparar relações com os aliados dos EUA", afirmou. Lembrando que as relações com a Alemanha e a França, foram abaladas quando os EUA invadiram o Iraque batendo de frente com o Conselho de Segurança da ONU, que era contrário a essa ação militar.