Políticos e entidades falam sobre o ataque à caravana de Lula no Paraná

Por Gazeta News

Lula onibus Sul Foto Eraldo Peres AP via O Globo
[caption id="attachment_163867" align="alignleft" width="377"] Polícia verifica marca da bala no ônibus. Foto: Eraldo Peres / AP via O Globo.[/caption] Políticos e autoridades criticaram nesta quarta-feira, 28, o ataque à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná. Dois ônibus da comitiva foram atingidos na tarde de terça, 27, por três tiros no trajeto entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul. O ex-presidente não estava em nenhum dos dois veículos. No momento do ataque, Lula estava na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFSS), em Laranjeiras do Sul. Não houve feridos, mas o incidente reforçou a instabilidade política que vive o país. “Foi uma ‘pena’ que tenha ocorrido o ataque. Cria um clima de instabilidade”, disse o presidente Michel Temer. Pelo twitter, o presidente Michel Temer lamentou o ocorrido. "Lamento o que aconteceu com a caravana do ex-presidente Lula. Desde quando assumi o governo, venho dizendo que nós precisamos reunificar os brasileiros. Precisamos pacificar o País. Essa onda de violência, esse clima de ‘uns contra outros’ não pode continuar". O próprio ex-presidente também emitiu sua declaração sobre o cerco à sua caravana pelo sul. Pelo twitter, escreveu "Se pensam que com pedras e tiros vão abalar minha disposição de lutar estão errados. No dia em que minha garganta não puder mais gritar, eu gritarei pela garganta de vocês #LulaPeloParaná #LulaPeloSul". Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) "A OAB repudia todo e qualquer ato de violência. Nosso país precisa de soluções que estejam dentro da lei e do espírito democrático. É preciso coibir e punir os ataques a partidos e a políticos. O debate político deve se dar no campo das ideias", diz nota assinada pelo presidente da ordem, Cláudio Lamachia. Marco Maia (RS), líder interino do PT na Câmara “Nós ficamos aqui com a responsabilidade de articular algumas medidas durante o dia de hoje [quarta-feira] e que tratam fundamentalmente sobre as ações organizadas que foram realizadas por grupos fascistas contra a caravana do presidente Lula, e que tiveram no dia de ontem [terça] o seu ápice. Ontem a caravana sofreu atentado, em que foi alvejada por tiros". Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública "Eu sempre que sou solicitado e que acontece esse tipo de confronto eu procuro as autoridades estaduais para pedir atenção para o caso. Então é uma praxe, eu diria assim, é uma norma que eu tenho seguido quando essas coisas acontecem. Não só agora, mas, sempre que acontecer, eu vou procurar naturalmente chamar atenção para que exista, e já existe, eu acredito, preocupação com isso, mas que seja redobrado." Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo "Toda forma de violência tem que ser condenada. É papel das autoridades apurar e punir os tiros contra a caravana do PT. E é papel de homens públicos pregar a paz e a união entre os brasileiros. O país está cansado de divisão e da convocação ao conflito", disse Alckmin no Twitter. Investigações O delegado da Polícia Civil Hélder Lauria disse nesta quarta queinvestiga o ataque como disparo de arma de fogo com dano provocado. Na terça, o delegado adjunto de Laranjeiras do Sul Fabiano Oliveira chegou a dizer que o caso era investigado como tentativa de homicídio, e que pelo menos dois suspeitos estariam envolvidos. “Devo dizer também, que na verdade, essa onda de violência não foi pregada talvez por aqueles que tomaram essa providência, talvez tenha sido, tenha começado lá atrás. E a história de uns contra outros, realmente cria essa dificuldade que gera atritos dessa natureza”, completou. Com informações do G1.