A poluição marinha se caracteriza a partir do derramamento nos oceanos de partículas tóxicas, resíduos e demais produtos provenientes de atividades humanas não adequadas e não sustentáveis.
A poluição marinha pode ser formada por produtos químicos provenientes de atividades agrícola e industrial, resíduos sólidos e líquidos descartados de maneira incorreta nas águas marinhas oriundos de fábricas, áreas de produção agropecuária, residências e transporte marinho. Além do derramamento de esgoto não tratado nas baías, mares e oceanos.
A poluição nos oceanos pode ser ingerida por pequenos animais marinhos que se alimentam por filtração, e ser absorvida por plâncton. As partículas tóxicas e mesmo as não tóxicas que caracterizam a poluição das águas entram na cadeia alimentar das espécies que vivem nos oceanos, gerando contaminação, alteração de níveis de oxigênio e doenças nas espécies vivas.
Além da poluição oriunda de atividades exercidas no continente, há a poluição causada pelas atividades exercidas nas embarcações como, por exemplo, o vazamento de petróleo que possui hidrocarbonetos tóxicos para a vida marinha. O meio ambiente marinho abrange os oceanos, mares e zonas costeiras, permite a existência das espécies marinhas e terrestres numa relação de equilíbrio da existência da vida na Terra.
Boa parte da poluição marinha tem formado “ilhas de lixo” nos oceanos, gerado oceanos mortos (água sem oxigênio e sem seres vivos) e o avanço dos focos de poluição para áreas mais distantes com as zonas do Ártico e Antártida. Na economia, a poluição marinha prejudica a pesca artesanal e industrial sustentável e a qualidade da água dos mares para o banho cuja maior perda está diretamente ligada ao turismo e à saúde pública.
Dentre os animais marinhos que mais sofrem com esse tipo de poluição podemos destacar as “tartarugas-marinhas”. Em suas diferentes espécies há a ocorrência de tumores, principalmente nas “tartarugas-verdes”, que sofrem com os tumores conhecidos como fibropapilomatoses. Segundo o CENA (Centro de Energia Nuclear na Agricultura) da USP (Universidade de São Paulo), os tumores encontrados nas tartarugas-marinhas podem ser causados pela alta presença de resquícios químicos de pesticidas organoclorados e bifenilos policlorados (PCBs) lançados nas águas dos rios que deságuam nos oceanos.
Nas tartarugas-marinhas, os tumores costumam ter o formato de uma verruga benigna, mas com casos de nódulos malignos que ameaçam a sobrevivência de espécies já ameaçadas de extinção em todo o mundo. Da mesma maneira que a poluição dos oceanos migra conforme as correntes marítimas, as tartarugas-marinhas também são migratórias e na busca por alimentos nos oceanos podem confundir um pedaço de plástico ou lata com um alimento. Jogar lixo no oceano é o mesmo que jogar lixo e esgoto em sua banheira antes de você tomar banho. Você entraria na banheira? Você ainda tem a escolha, mas, os animais marinhos não podem escolher abandonar o meio ambiente onde eles vivem e que nós estamos maculando.