População desarmada, o caminho para a perpetuação de uma minoria no poder - Parte I

Por Jamil Hellu

cavalo

Numa recente e descontraída conversa com um amigo de longa data (RJR) e, também, leitor desta coluna, claro, a atual situação em que o Brasil atravessa foi um dos temas e o fundo do poço ao que foi jogado o seu povo.

Tudo se iniciando em 1990, com a criação do fatídico Foro de São Paulo, sob a inspiração de Fidel Castro e seguido por Lula e o seu PT, além de outros partidos e organizações da América da Latina que, em seguida orquestrado por Cuba, formaram o “clube” dos países bolivarianos, dos quais, estavam além daquele, Brasil, Venezuela, Argentina, Nicarágua, Equador, Bolívia e Uruguai. Paraguai e Honduras, conseguiram pular fora a tempo. Uma reedição moderna de Os Três Mosqueteiros, onde “mexeram com um, mexeram com todos”.

Dalí, surgiu a hoje conhecida “falsa democracia” ou “democracia dos bobos”, sob o comando de líderes populistas do naipe de Hugo Chaves, Lula, Daniel Ortega, Evo Morales e outros, que usam a maioria (pobre) da população para se elegerem e, juntamente, com uma minoria de apaniguados, se perpetuarem no poder, fazendo do assistencialismo o seu principal instrumento, com bolsas famílias, cestas básicas, programas como “Minha casa, minha vida”, cotas, minorias, etc. Dá-se o peixe, ao contrário de ensinar a pescar.

Assim, seguem um roteiro, até chegarem ao poder e, com uma estrutura bem preparada, o aparelhamento dos três poderes e de órgãos públicos importantes, reelegem-se por muitos anos ou, mesmo, se perpetuam no poder. Os líderes acima são os maiores exemplos.

Após um trabalho “formiga” através de militantes, sindicatos, troca de favores e outros meios, chegam ao poder. Subordinam - via corrupção e suborno - os três poderes, principalmente, as altas cortes (tribunais) e congressos. Mudam as leis. Desarmam a população. Aparelham a maioria dos órgãos públicos, etc.

Uma minoria, composta por governantes, forças armadas, banqueiros, empreiteiros e grandes empresários, ou seja, 10 a 15% da população domina o restante da população, formada na maioria por 85 a 90% que, DESARMADA, nada pode fazer, e, com o passar do tempo, vai se acomodando e se condicionando a todos os desejos da mencionada minoria dominante.

O condicionamento daquela maioria é tamanha, que acostumada àquela situação, que tal como o cavalo da foto, que pode ser amarrado numa simples cadeira ou mesmo num pé de cebolinha, que lá ficará, pois o seu instinto assim está condicionado.

Assim estão muitos do “clube bolivariano”, especialmente a Venezuela, onde milhões de pessoas estão às raias da fome e do pauperismo.

Felizmente, por um golpe de sorte (graças à descoberta do Mensalão, Petrolão, Lava Jato, Joaquim Barbosa, S?rgio Mouro, MPF, PF e povo nas ruas), o Brasil não enveredou para aquele caminho. Mas, ainda corre perigo.