Por que fogos de artificio nas celebrações de 4 de Julho?

Por Silvana Mandelli

silvana_site
Pois é, esta pergunta eu sempre me fiz. Por que o povo aqui é tão fissurado nos tais fogos de artifício do Quatro de Julho? A gente pode ver na TV e em vários lugares pelos Estados Unidos todo. Além disto, enormes barracas vendem os tais fogos para que a população em geral utilize. Para um país que é também fissurado em segurança, isto sempre me intrigou. A culpa é de John Adams, um patriota que serviu o país como segundo presidente (1797-1801) e também como vice-presidente (1789-97). Antes da Declaração de Independência ser assinada, ele visualizou que fogos de artifício deveriam fazer parte das festividades. Numa carta dirigida a Abigail Adams, sua esposa e conselheira, em 3 de julho de 1776, escreveu que a ocasião deveria ser celebrada com pompa e desfiles, com jogos, esportes, armas (pelo jeito a fissura com armas vem de longe) sinos e fogueiras (pouco recomendadas no calor da Flórida), e fogo de um canto a outro dos Estados Unidos na data, para sempre. A primeira comemoração de 4 de julho foi no ano de 1777. O jornal Evening Post, da Pensilvânia, escreveu que as festividades foram encerradas com o badalar dos sinos e uma exibição de fogos com treze foguetes, número de colônias americanas existentes na data da independência. Em 1783 já existia uma grande variedade de fogos disponíveis ao público. E dali em diante, todos os anos, milhares de fogos de artifício iluminariam os céus dos Estados Unidos. O mais representativo é o que acontece sobre a capital americana, Washington D.C., que é transmitido para todo o país, acompanhado de concerto de música. Enquanto que alguns historiadores sugerem que os fogos foram inventados na Índia, os modernos fogos vem do oeste da China. Os primeiros fogos eram munições militares queimadas apenas para entretenimento do que para atacar o inimigo. No século 12, os chineses melhoraram a forma de construção dos foguetes, colocando pavio com pólvora. Durante a Renascença, os fogos se tornaram populares na Europa e foram usados em celebrações nacionalistas e imperialistas por figuras como Pedro, o Grande da Rússia, e Luís XIV da França, que era especialmente um fã de show de pirotecnia. Dizem que Pedro ordenou um show de cinco horas para celebrar o primeiro nascimento do seu filho. As pessoas admiram os fogos por causa da luz e da coreografia do show, outros gostam do barulho, do senso de destruição ou pela ameaça do perigo. Mas esta tradição começa a ser questionada. Os animais tem medo e ficam agitados, e em muitas lugares há uma modificação do meio ambiente. Enquanto não são cancelados, seguimos apreciando as lindas cores e desenhos que criam nos céus, principalmente no Quatro de Julho, depois dos famosos “churrascos americanos” que nada mais são do que hot-dogs e hambúrgueres.