Powell é a favor de uma abertura controlada para imigração nos EUA.

Por Gazeta Admininstrator

O ex-secretário de Estado dos EUA, Colin Powell fez um pronunciamento nesta sexta-feira (9) na capital mexicana, onde disse que é a favor de abrir seu país à imigração, mas com mecanismos de controle para a entrada de imigrantes.

“A maior força dos EUA está em sua abertura”, disse Powell em conferência realizada hoje junto aos empresários, no fórum “Expomanagement”.

Powell admitiu que “aqueles que chegam do México, da América Central, não importa como, estão contribuindo para o desenvolvimento de nossa economia.”

O militar, que formou parte do gabinete de George W. Bush em janeiro de 2005, mostrou favorável a “ encontrar maneiras para que os imigrantes pudessem viver em solo norte-americano” e regressassem a seus países de origem quando assim o quiserem.

No entanto, lembrou a dificuldade que representa para os EUA administrar o problema dos quase 11 milhões de ilegais que residem no país e a necessidade de “regularizar o fluxo migratório para poder recebê-los e empregá-los”.

Quanto ao muro, na divisa dos EUA com o México, disse que “o propósito não é deixar o México de lado” porque seu país deve manter as “portas de entrada”. Disse também que compreende os norte-americanos partidários dessa opção, ante a necessidade de “controlar quem entra e sai do país”.

Powell se referiu também ao endurecimento das condições de segurança e de concessões de vistos após o ataque de 11 de setembro de 2001, e indicou que na ocasião disse a Bush que isso seria como enviar a mensagem “ não os queremos”, ao mundo.

Em relação às eleições mexicanas do próximo dia 2 de junho disse que “independentemente do que o México decida quanto ao seu novo presidente, os EUA seguirá colaborando com o país e o manterá como sócio comercial”.

Questionado se planejava se candidatar às eleições para a Casa Branca, descartou a possibilidade e disse que desejaria “permanecer fora da vida política”.

Powell se mostrou tranqüilo e brincou com freqüência durante a reunião como quando lamentou não dispor de um avião privado porque este estava a serviço de Condolezza Rice.