Preço do petróleo bate recordes em NY e Londres

Por Gazeta Admininstrator

O preço do barril de petróleo bateu novos recordes nos mercados de Nova York e de Londres nesta quinta-feira.
Em Nova York, a cotação do petróleo tipo leve chegou a US$ 66. Em Londres, o barril de petróleo cru do tipo Brent para entrega em setembro fechou o dia em US$ 65,10.

O analista econômico da BBC Mark Gregory disse que, desde o início do ano, o preço o produto já teve uma alta acumulada de cerca de 50%.

Gregory disse que o preço está sendo impulsionado pela alta demanda pelo produto - em parte como resultado da emergência da China como uma potência econômica.

Ainda de acordo com o analista, o alto preço do petróleo também é um sinal de que as grandes economias consumidoras estão tendo bom desempenho.

Nos últimos sete anos, o preço do barril de petróleo mais do que quadruplicou no mercado internacional.

Fahd

A atual tendência de alta começou a ser registrada depois da morte do rei Fahd, da Arábia Saudita, no dia 1º de agosto. A morte aumentou os temores de possíveis ataques e colocou em dúvida a capacidade de o maior produtor de petróleo do mundo garantir o fornecimento do produto.

A preocupação do mercado aumentou no dia oito de agosto, quando os Estados Unidos fecharam sua embaixada na Arábia Saudita e autoridades britânicas alertaram para o risco "alto" de ataques terroristas.

O Irã também vem causando preocupação crescente, depois de romper os lacres remanescentes na usina nuclear de Isfahan, o que permite com que as atividades de conversão de urânio no complexo sejam completamente retomadas.

Depois da Arábia Saudita, o Irã é o maior produtor de petróleo que integra a Opep, a organização que reúne a maioria dos grandes exportadores do produto.

Os prédios da embaixada americana na Arábia Saudita foram reabertos nesta quarta-feira, mas autoridades da Grã-Bretanha e da Austrália continuam dizendo aos turistas que a possibilidade de ataques ainda existe e que o país deve ser evitado.

Nos Estados Unidos, a interrupção na produção de algumas refinarias – causada por incêndios e reformas – ajudou a diminuir os estoques de gasolina nos Estados Unidos em 2,1 milhões de barris, numa época de forte demanda doméstica.