Prefeito de NY diz que imigrantes evitam colapso da economia.

Por Gazeta Admininstrator

A economia da maior cidade do país e de toda a nação poderia entrar em colapso caso imigrantes ilegais fossem deportados em massa, disse o prefeito de New York, Michael Bloomberg, durante uma sessão do Senado.

A cidade de New York é o lar de mais de 3 milhões de imigrantes, e meio milhão entrou neste país de forma ilegal, afirmou Bloomberg. “Embora eles tenham burlado a lei cruzando ilegalmente a fronteira... a economia da nossa cidade estaria fechada em si mesmo caso eles não tivessem vindo, e poderia entrar em colapso se eles fossem deportados. A mesma coisa vale para o país”, disse.

A sessão,liderada na Philadelphia pelo presidente do Comitê Judiciário, Arlen Specter, republicano da Pensilvannya, foi uma entre muitas que têm ocorrido em todo o país.

Uma sessão realizada na Costa Oeste por um sub-comitê republicano no escritório da Patrulha de Fronteira, em San Diego, na quinta-feira(6) reuniu manifestantes de ambos os lados. A manifestação pró-imigrantes incluiu a apresentação de uma banda mariachi e a simulação de túmulos, com a colocação de fileiras de madeiras simbolizando os imigrantes que morreram tentando cruzar a fronteira.

Líderes republicanos da Câmara convocaram sessões no mês passado, levantando discussões sobre o ambicioso plano, em ano eleitoral, que inclui um programa de trabalhadores convidados e um caminho para concessão de cidadania a milhões de ilegais que já estão no país.

Specter e outros senadores companheiros de partido estão tentando reunir apoio para o projeto do Senado que permitiria à maioria dos imigrantes ilegais no país a, eventualmente, tornarem-se residentes permanentes legais e cidadãos, depois de pagar, pelo menos, $3.250 em multas, impostos retroativos e aprender inglês.

A proposta aprovada em dezembro na Câmara não tem previsão de legalização de indocumentados nem qualquer programa de trabalhadores convidados.

Bloomberg encorajou o Congresso a oferecer aos imigrantes ilegais uma oportunidade de conseguir status legal permanente no país. “Membros da Câmara querem controlar as fronteiras.

Todos nós queremos. Mas acreditar que simplesmente aumentar a patrulha de fronteira nos fará alcançar esse objetivo, é de uma ingênua visão curta, ou cínico e dúbio. Nenhum muro ou exército pode parar centenas de milhares de pessoas todo o ano”, disse.

Enquanto isso, o presidente Bush, durante visita a uma loja Dunkin’Donuts em Alexandria, Virgínia, defendeu seu ponto de vista de que a legislação sobre imigração deve oferecer alguns meios para que imigrantes ilegais que estão há muito tempo nos EUA, tenham condições de permanecer nos país. “Nós não podemos chutar para fora pessoas que já vivem aqui há algum tempo. Elas devem ser tratadas com respeito e dignidade”, disse.

Ele voltou a negar que seja favorável à anistia. “Eu sou completamente contra a anistia. Anistia significa dar cidadania automática. Isso seria um erro. Mas também sou realista em dizer que não teremos condições de deportar pessoas que vivem aqui e trabalham duro para sustentar suas famílias”, concluiu Bush.