Presidente da Varig afirma que a companhia não vai parar.

Por Gazeta Admininstrator

O presidente da Varig, Marcelo Bottini, disse que a companhia aérea não vai parar suas operações, mesmo com a atual crise financeira pela qual passa a empresa.

Nessa última segunda-feira. Marcelo Bottini chegou enviar um e-mail para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propondo uma audiência de emergência onde mostraria a atual situação da companhia. Porém, nessa terça-feira, em reunião com credores da Varig, Bottini disse ter solicitado a audiência, mas afirmou que esse encontro não ocorreu e não comentou o tal e-mail.

Atualmente, existe uma grande pressa por parte da Varig no sentido de aceitar uma proposta para a sua compra, pois com o caixa já nos limites a empresa tem poucos recursos para pagar fornecedores.

Para tentar solucionar o problema em um curto prazo, e manter a Varig operando, a VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig, propôs aplicar cerca de US$ 350 milhões assim como efetuar a aquisição da companhia aérea.
De acordo com alguns dos credores da empresa, nessa proposta também constaria a demissão de cerca de 5.000 funcionários e a devolução de mais de 20 aeronaves, o que deixou os sindicalistas insatisfeitos.

Em outro item da proposta, a VarigLog calcula a necessidade de dividir a Varig em duas partes:
Uma que seria responsável pelos ativos e dessa forma teria condições para se levantar da crise financeira.
Outra que seria responsável pelas dívidas com os credores. O valor da dívida atual chega a R$ 7 bilhões.

Essa proposta, no entanto, não foi bem recebida pelos credores, pois teriam uma pequena participação de 5% na "nova Varig", o que para eles não seria suficiente para receberem de volta o dinheiro que emprestaram.

Já o atual presidente da Varig aprova “qualquer proposta que seja um investimento na Varig que possa apresentar a ela solução de continuidade. A proposta é bastante complexa."
Marcelo Bottini também disse que a empresa já teria encaminhado um pedido para a abertura de uma linha de crédito junto à Infraero (que administra aeroportos), à BR Distribuidora (que fornece combustíveis) e aos principais fornecedores para o segundo semestre.