Presidente defende fim do "Obamacare" e "imigração por mérito"

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_138556" align="alignleft" width="300"] Trump discursou no Congresso em tom mais ameno. Foto: AMP[/caption]

O tom foi mais ameno em muitos momentos, mas o primeiro e aguardado discurso do presidente Donald Trump no Congresso, na noite da última terça-feira, 28, confirmou seus posicionamentos em pelo menos dois temas centrais neste início de mandato: imigração e o chamado "Obamacare".

Trump defendeu, por exemplo, uma reforma de imigração "verdadeira e positiva", que esteja baseada no "mérito". Ele já havia dito a jornalistas, horas antes, estar disposto a fazer uma reforma que legalizasse a situação de milhões de indocumentados que não cometeram crimes graves.

No Congresso, porém, o presidente não falou sobre a proposta de conceder aos mais de 11 milhões de imigrantes em situação irregular um status que os permita trabalhar e pagar impostos sem o temor de serem deportados.

Entretanto, Trump o presidente preferiu ressaltar a experiência de países como Canadá e Austrália, que se baseiam, segundo ele, num sistema de imigração por mérito.

"A mudança deste sistema atual de imigração menos qualificada para um sistema baseado no mérito terá muitos benefícios: economizará muitos dólares, aumentará os salários dos trabalhadores e ajudará as famílias em dificuldade —incluindo as famílias de imigrantes— a entrar para a classe média", argumentou o presidente.

A polêmica construção de um muro na fronteira com o México, foi defendida por Trump alegando ser uma "eficiente arma contra as drogas e o crime".

Neste momento, como em praticamente todo o seu discurso, apenas a metade do plenário da Câmara ocupada pelos republicanos o aplaudiu de pé.

Trump defendeu a atuação dos agentes de imigração no país. "Estamos removendo membros de gangues, traficantes e criminosos que ameaçam nossas comunidades", disse.

Outra de suas polêmicas decisões foi reafirmada no Congresso. Trump, que deve apresentar até o fim desta semana um novo decreto restringindo a entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana, falou mais uma vez da necessidade de proteger a nação do "terrorismo islâmico radical".

"Não podemos permitir que nossa nação se torne um santuário para extremistas", discursou. Aliás, boa parte da fala do presidente foi direcionada por críticas ao Obamacare. Trump pediu mais uma vez ao Congresso um esforço para substituí-lo."Mandar cada americano pagar um seguro de saúde aprovado pelo governo nunca foi a solução certa para a América", defendeu.

Ainda de acordo com ele, "o Obamacare está em colapso e temos que proteger todos os americanos."Segundo o presidente, revogar o Obamacare não se trata de uma escolha, é uma necessidade. Trump fez um apelo para que tanto republicamos como democratas o ajudem a "salvar o país desse desastre", possibilitando que os norte-americanos possam escolher o plano que quiserem ter e não o que o governo impuser.

Para isso, o presidente afirmou que vai dar aos governadores estaduais recursos para garantir que ninguém fique de fora e possam ainda tomar medidas para a redução dos custos dos remédios.

O presidente repetiu também promessas de campanha, como a de criação de empregos e de colocar os americanos "em primeiro lugar".

Com informações da AMP e Washington Post.