Pressionado pela greve, presidente da Petrobrás se demite

Por Gazeta News

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, participa de debate sobre o fim do monopólio na área de refino, na Fundação Getulio Vargas.
[caption id="attachment_167495" align="alignleft" width="329"] O presidente da Petrobras, Pedro Parente. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.[/caption] O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão na manhã desta sexta-feira, 1º de junho, em caráter "irrevogável e irretratável". No comando da Petrobras desde o dia 1º de junho de 2016, Parente disse em carta entregue pessoalmente ao presidente Michel Temer nesta sexta-feira que a greve dos caminhoneiros e "suas graves consequências para a vida do país" desencadearam um debate "intenso e por vezes emocional" sobre as origens da crise. O ex-presidente havia declarado que não mexeria nos preços e, diante disso, se viu pressionado e sofreu um grande desgaste no comando da estatal. A Petrobras informou em comunicado que a nomeação de um CEO interino será examinada ao longo do dia pelo Conselho de Administração e que a diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração. Parente disse também que a política de preços da Petrobras (um dos principais alvos dos caminhoneiros durante a paralisação da categoria nos últimos dias) adotada durante sua gestão foi colocada sob "questionamento". Ele, porém, diz que os "resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços". "Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, Sr. presidente, que novas discussões serão necessárias", diz a carta. "Diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente", complementa. Brasil: Petroleiros iniciam greve de 72 horas nas refinarias Brasil: Greve dos caminhoneiros afeta postos de gasolina e supermercados