Primeiro o Tea Party, agora vem o Tequila Party

Por Gazeta Admininstrator

A frustração entre os eleitores latinos levou à formação de um grupo ao estilo “tea party” com a intenção de aumentar a influência política do grupo de minoria que mais cresce na América.

“Queremos motivar os latinos a votar”, diz Belinda “DeeDee” Blase, porta-voz do National Tequila Party Movement, que adotou uma postura apartidária. “Democratas e Republicanos não nos levam a sério, porque
não votamos de forma consistente”.

Através de comícios e shows em pelo menos 20 estados, o grupo quer mobilizar latinos para votarem em números recordes nas eleições de 2012. A ideia é emitir um chamado aos democratas para que levem em consideração
o voto latino; e os republicanos, que empurrem medidas que beneficiem a comunidade hispânica.

A primeira reunião do Tequila Party será na cidade de Tucson, no Arizona, no dia 4 de junho.

O número de latinos com direito a voto foi de 13 milhões em 2000 para 21 milhões em 2010. Mas apenas 31% dos latinos votaram nas últimas eleições, em comparação com cerca de 49% dos brancos e 44% de negros, de acordo com uma pesquisa do Pew Hispanic Center.

O Tequila Party quer mudar essa equação e fazer um bloco de eleitores latinos que chamam a atenção, diz a Sra. Blase, que também é presidente do Somos Republicanos, um grupo de defesa nacional com sede em Scottsdale, Arizona.

Para ampliar o esforço do Tequila Party em vários estados, os planos de Blase são de aproveitar a estrutura existente do Somos Republicanos, grupo no qual representantes já formaram alianças entre os democratas e hispânicos ativistas políticos que poderiam ajudar a fazer avançar os objetivos do Tequila Party, ela acrescenta.

O esforço vem em um momento de entusiasmo diminuído entre os latinos em relação ao presidente Barack Obama, mesmo com ele renovando seu relacionamento com este grupo, o que analistas políticos dizem que é crucial para a sua reeleição. As pesquisas mostram que os latinos, que
votam maioritariamente nos democratas, se cansaram da falta do Presidente
no progresso da obtenção de reformas da imigração. O número recorde de deportações sob a administração de Obama é outro ponto nevrálgico.