04/02/21 às 22:43 - Brasil
Primeiro xerife asiático-americano na Califórnia promete proteger imigrantes
O primeiro xerife asiático-americano assumiu o cargo como o 37o xerife do condado de São Francisco, na Califórnia, no mês passado. O pai de Paul Miyamoto é nipo-americano, e sua mãe, chinesa-americana. Sua esposa é filipina-americana.
Miyamoto está ciente de que sua eleição representa um marco inspirador para uma nova geração de asiáticos-americanos e das ilhas do Pacífico, um amplo grupo frequentemente referido pela sigla AAPI.
Por outro lado, como um veterano de 23 anos do departamento, Miyamoto vê sua ascensão nas fileiras simplesmente como resultado do trabalho duro em sua profissão.
"Ser o primeiro xerife de minha origem me dá um senso de responsabilidade para ser um modelo", diz ele.
A eleição de um novo xerife com uma história familiar de imigrantes tem ressonância particular nos dias de hoje.
O presidente Donald Trump não apenas adotou uma postura rígida em relação à imigração, mas também entrou em conflito com as chamadas cidades-santuário, como São Francisco, onde legisladores e protetores da causa imigrante se comprometeram a resistir às batidas de oficiais do ICE, que eles dizem que é inconstitucional.
Miyamoto diz que ele é o principal policial encarregado de cumprir a promessa cívica de segurança pública. Mas diz que também tem orgulho de ser de uma cidade que tem uma longa história de ajudar imigrantes e está ansioso para equilibrar as duas coisas.
"São Francisco é muito inovador em termos de questões de justiça social, incluindo os confrontos com o governo federal recentes", diz ele.
Miyamoto diz que ao considerar "quem entregamos ao governo federal", ele não hesitará em olhar com atenção para criminosos violentos. Mas ele se recusa a deixar seus representantes agirem de maneira que demonize as pessoas por causa de sua etnia.
"Não quero que nada aconteça com o que aconteceu com minha própria família e meu grupo cultural", diz ele, referindo-se ao internamento durante a Segunda Guerra Mundial de 120 mil americanos de ascendência japonesa. "Não quero ver cidadãos de nossa comunidade atrás das grades simplesmente por serem quem são". Com informações do USA Today.