Numa decisão histórica, um homem belga condenado à prisão perpétua por estupro e assassinato conseguiu na Justiça o direito de ter sua vida interrompida por médicos.
Condenado nos anos 1980, e incapaz de controlar seus violentos impulsos sexuais, Frank Van Den Bleeken, de 50 anos, alegou que nunca conseguiria ser curado, e há três anos iniciou uma batalha para conseguir morrer de maneira supervisionada.
A decisão é a primeira a envolver um prisioneiro desde que leis de eutanásia foram introduzidas na Bélgica, há 12 anos.
Segundo seu advogado, Van Den Bleeken será transferido em breve para um hospital, onde ocorrerá o procedimento médico.
O número de casos de eutanásia tem aumentado progressivamente na Bélgica desde a introdução da lei em 2002, e a vasta maioria dos casos, quase sempre envolvendo idosos em estado terminal, não geram polêmicas. Mas casos de diferentes naturezas têm sido cada vez mais comuns, aumentando o número de críticos da lei. Fonte: O Globo.