Prisões de ilegais causam prejuízos no agronegócio.
As ações contra trabalhadores agrícolas ilegais nos EUA vêm causando conseqüências graves para os produtores no estado de Nova York, os quais se deparam com a queda da mão-de-obra, muitas vezes no pior momento possível.
Tal é o caso da empresa agrícola Coulter Farms, que perdeu em uma ação de agentes federais 10 dos seus 14 trabalhadores, com quase 20 toneladas de morangos a serem colhido, que em duas semanas poderiam se estragar.
O dono, Jim Coulter, de 78 anos, pediu aos clientes que eles próprios recolhessem os morangos que quisessem. No entanto, a pesar da ajuda, boa parte da colheita não foi feita e Coulter diz que perdeu ao menos 20 mil dólares.
“Podemos ser uma organização sem fins lucrativos, mas não planejamos assim as coisas”, disse.
Os agricultores como Coulter foram até à senadora democrata Hillary Rodham Clinton discutir seus problemas durante uma feira estadual e há um mês funcionários das granjas se reuniram com agentes de Imigração e Aduanas, em NY, para também se queixarem.
Detenções
Uma investigação do Departamento de Trabalho realizada entre 2001 e 2002 mostra que 53% dos 1,8 milhões de trabalhadores do setor de agricultura eram ilegais.
As duas maiores ações de agentes imigratórios foram feitas recentemente. O saldo foi a prisão de 20 empregados de uma fazenda da zona de Rochester e de 34 ilegais de uma estufa para produções de tomates no norte de Buffalo.
No início, os donos das fazendas advertiram aos mais de 35 mil membros contra as ações das autoridades e pediu-lhes para não falar delas com a mídia, sob o argumento de que “alguns desses empregados têm feito comentários nos jornais locais”.
De sua parte, o porta-voz do serviço de imigração da região nordeste dos EUA, Michael Gilhooly, diz que o momento em que se realizam as prisões de ilegais é determinado “quando chegamos a certo ponto em nossas investigações”, e não quando o fato está nas mídias.
