A professora Clara Quintero-Gonzalez, 54 anos, foi condenada nesta sexta, 02, à prisão domiciliar, a pagar uma fiança de $25 mil dólares e a devolver o seu passaporte cubano. Tudo isso um dia depois de ter sido presa por bater em vários alunos dentro de sua sala de aula na Lincoln Marti School, em Miami Beach.
Quintero-Gonzalez também foi ordenada a ficar longe de crianças com menos de 12 anos de idade e enfrenta quatro acusações, incluindo três acusações de abuso de crianças, um deles agravado, e uma acusação de negligência infantil.
"Esta é uma alegação séria", disse Mindy Glazer, juíza do condado de Miami-Dade. "Há um monte de emoções em jogo. As alegações são relacionadas a crianças pequenas, o que todo mundo leva a sério. Isso toca no coração, não importa de que lado você está."
Uma mãe cuja filha frequentou a creche, Laura Pantano, 35, confrontou Quintero-Gonzalez no dia 25 de agosto, depois que ela supostamente testemunhou a professora batendo em um menino de 3 anos de idade no rosto e sacudindo-o.
A polícia disse que os funcionários da creche inicialmente alegaram que as câmeras de vigilância não têm a capacidade de gravar e trabalham apenas com transmissão ao vivo. No entanto, os detetives disseram que as câmeras fazem gravações e que eles viram Quintero-Gonzalez golpeando vários alunos.
De acordo com o relatório sobre a prisão, a professora deu um soco no braço direito de um menino de 2 anos de idade e tentou atacá-lo mais três vezes, mas em uma das vezes o menino recuou o braço. Ela então o golpeou novamente pouco tempo depois com um tipo de golpe de karatê."Ambos os incidentes foram sem provocação", disse o relatório.
Detetives disseram que Quintero-Gonzalez negou ter batido no menino, mesmo após assistir o vídeo na frente deles. Eles disseram que viram a professora golpear na perna um outro menino de 3 anos de idade sem provocação, e ela alegou em espanhol que "não foi nada."
Em um terceiro incidente, Quintero-Gonzalez é vista colocando o rosto dela contra a orelha de um menino de 3 anos de idade. Quando ele coloca a mão para cima pra se defender e afastá-la, ela dá um tapa em seu braço duas vezes, agita-o, gira o menino na cadeira e lhe dá um tapa no rosto, segundo a polícia.
Num quarto incidente, Quintero-Gonzalez é acusada de agredir uma criança de 2 anos de idade no rosto com o cotovelo e, em seguida, bater na criança com a mão direita, e disse em espanhol que "não era nada".
Depois de assistir o vídeo, Glazer emitiu uma sentença menor do que o que o Estado prevê nesses casos, mas encontrou motivo para todas as acusações.
"Eu acho que o vídeo fala por si só", disse o advogado de Quintero-Gonzalez, Jordan Redavid. "A fala da juíza fala mais alto, mas neste momento nós vamos preparar nossa defesa e recorrer."
Duas filhas e uma sobrinha de Quintero-Gonzalez estavam no tribunal e tudo o que conseguiram dizer foi que "não é justo."
Os funcionários da escola disseram que estão cooperando com a investigação e Quintero-Gonzalez foi suspensa da escola desde o dia 25 de agosto.
"Nossos detetives continuarão a trabalhar nesse caso para garantir que a justiça seja dada a estes quatro crianças", disse Miami Beach porta-voz policial Ernesto Rodriguez.
Um representante do Departamento de Crianças e Famílias da Flórida disse que estão investigando as ações da professora, bem como as práticas na pré-escola e a escola como um todo.
A polícia avisa ainda que, quem suspeitar que seu filho tenha sido vítima de Quintero-Gonzalez, ou qualquer outro professor na escola, que denuncie à polícia de Miami Beach ou Miami-Dade Crime Stoppers através do número 305-471-TIPS.
Fonte: Local 10.
