O chefe de orçamento do governo Trump, Mick Mulvaney, anunciou proposta de cortes de verbas para programas extracurriculares das escolas, o qual pode vir a afetar cerca de dois milhões de crianças em todo o país.
No projeto de orçamento do presidente Donald Trump para o próximo ano está previsto o fim do programa “21st Century Community Learning Centers”, criado com o objetivo de garantir programas escolares antes e após as aulas e durante as férias.
A medida também corta o acesso de estudantes carentes ao programa de refeições gratuitas financiado por verbas federais.
De acordo com Mulvaney, “não há provas” sobre a eficiência desses programas que “supostamente ajudam crianças que não são alimentadas em casa para que rendam na escola (…), não provaram que estão conseguindo isso, ajudar as crianças na escola”, afirmou em entrevista coletiva na Casa Branca na quinta-feira, 16.
O governo Trump ressalta que a eliminação de verbas para os programas extracurriculares representará uma economia de $ 1,2 bilhão.
O anúncio tem sido amplamente criticado por grupos públicos e privados sem fins lucrativos que apoiam os programas extracurriculares, como o The Afterschool Alliance, que busca investimentos para os programas “after-school” e chamou o corte de uma “traição” a milhões de estudantes e seus pais."Esta proposta irá devastar várias famílias de trabalhadores”, afirmou o diretor executivo Jodi Grant.
De acordo com o Departamento de Educação dos EUA, dados dos anos escolares de 2013 e 2014 (últimos anos em que os dados estão disponíveis) mostraram que a participação dos estudantes no programa Community Learning Center ajudou a melhorar o comportamento e realizações dos alunos.
Metade dos estudantes apresentou melhora em atividades como o homework e na participação em sala. Mais de um terço também melhorou as notas em matemática e inglês, de acordo com o relatório.
E quanto aos programas de nutrição pós-aulas, pesquisas têm mostrado os benefícios acadêmicos deste entre os estudantes.
A proposta de corte no orçamento ainda precisa passar por votação no Congresso.
Fonte: Revista Time.
