Maioria dos estrangeiros vira professor de inglês

Por Gazeta News

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O crescimento estrondoso da China tem atraído muitos estrangeiros para o país. Entretanto, a realidade encontrada nem sempre é como a esperada. Diante das dificuldades do mercado de trabalho, estrangeiros, particularmente aqueles que não têm habilidades técnicas especializadas nem são fluentes em mandarim, acabam tendo como opção tornar-se professor de inglês. As informações são do “New York Times”.

Segundo o censo chinês de 2010, entre os ocidentais radicados na China, há 71 mil americanos, 20 mil canadenses, 15 mil franceses, 14 mil alemães e 13 mil australianos.

No site para expatriados eChinacities.com, 65% das ofertas de emprego são para lecionar inglês.

Há uma ou duas gerações, ter inglês fluente e experiência internacional eram consideradas habilidades especiais. Hoje, há mais candidatos qualificados no mercado, especialmente estudantes chineses que voltam do exterior com diplomatas universitários, várias línguas e um ponto de vista internacional. Houve 186,2 mil retornados desse tipo, no ano passado.

“A concorrência contra formandos locais ou contra chineses com um pouco de experiência profissional é intensa”, disse Andy Bentote, diretor e gerente para a China da agência de recrutamento Michael Page.

Max Scholl, 23, que estudou engenharia ambiental na Universidade de Vermont, está há dez meses na China lecionando inglês num jardim da infância. Seu salário é de 10 mil yuans ($1,6 mil dólares) por mês. Ele teme não achar emprego no seu campo de escolha. “É um pouco assustadora a situação na qual me encontro”, afirmou.