Protagonistas do novo filme "X-Men" comparam a ficção com a atual situação dos imigrantes

Por Gazeta Admininstrator

A atriz americana Halle Berry e o ator australiano Hugh Jackman, protagonistas da trilogia "X-Men", disseram que o terceiro filme da saga reflete a discriminação que atinge os imigrantes.

"Ao viver nos Estados Unidos como uma mulher negra, tive que me sujeitar a regras que fazem os imigrantes se sentirem como vítimas.

Nem sempre apóio o meu Governo", afirmou Berry, em entrevista coletiva na capital mexicana para promover o filme.

Jackman explicou que em "X-Men 3" é encontrada uma "cura" para os mutantes que ameaça alterar o curso da história. Pela primeira vez, eles poderão escolher entre continuar sendo "especiais" ou renunciar a seus poderes e se transformar em seres humanos normais.
Para o ator, esta é a grande mensagem do filme. Ele se perguntou o que aconteceria se houvesse uma pílula para deixar todos os seres humanos iguais.

"É o que acontece com os imigrantes, com a sexualidade, os direitos civis e a religião. Todos podem se identificar com esse medo. Por exemplo, o dos americanos com uma possível luta por parte dos latinos para serem reconhecidos", comentou o ator.

Para Jackman, a Austrália vive uma situação muito parecida com a dos Estados Unidos em relação ao México.

"A Austrália é cheia de imigrantes e foi fundada numa época muito semelhante à da formação dos EUA. O Governo australiano é muito duro com os imigrantes e eu acho que temos que ser mais tolerantes e encontrar novos métodos", disse o ator.

Berry e Jackman estão no México para promover o filme "X-Men 3", último episódio da saga baseada nas histórias em quadrinhos da Marvel.

O diretor é o americano Brett Ratner. No elenco também estão os britânicos Patrick Stewart e sir Ian McKellen, a holandesa Famke Janssen e o americano James Marsden, entre outros.