Protestos: estudantes tomam as ruas durante visita de Bush na Áustria.

Cerca de mil de estudantes tomaram as avenidas de Viena nesta quarta-feira (20) durante manifestação contra o presidente norte-americano, George W. Bush, que está em visita a cidade, e sua "política bélica e intervencionista".

"Não pretendemos mudar Bush, mas sim conseguir uma pressão pública para que a Europa não forme também um bloco intervencionista. Somos contra a militarização e as guerras por interesses econômicos", explicou um dos organizadores da manifestação, Ludwig Dvorak.

Ele acrescentou, em declarações à TV pública austríaca, que esperava a adesão de mais estudantes ao longo do dia, além de outros cidadãos convocados por diversas organizações.

A manifestação iniciou às 9h (3h de Miami) com uma concentração na praça da principal estação de trens da cidade, a Westbahnhof. Cerca de uma hora depois, mais de mil pessoas saíram em passeata, observadas por cerca de 400 policiais.

"Bush go home" é o lema mais comum nos cartazes dos ativistas.

Os organizadores pretendem promover uma segunda passeata, e finalmente uma manifestação maior, em que são esperadas mais de cinco mil pessoas.

Segurança

No entanto, nenhum dos manifestantes poderá ver o presidente norte-americano, devido às fortes medidas de segurança.

A primeira-dama, Laura Bush, que visitará o museu de Albertina e a Catedral de Santo Estêvão, entre outros, também estará isolada. Os locais por onde ela vai passar serão de acesso restrito a portadores de credenciamento especial.

Vários escritórios e lojas do centro da cidade não puderam abrir suas portas hoje. As ruas no centro antigo da capital estão vazias. O único incidente até agora foi causado por três bolsas cheias de cabos e baterias, achadas ontem pela polícia, que eram "bombas falsas".

Bush e sua mulher chegaram ontem à noite ao aeroporto de Viena para participar da cúpula anual entre a União Européia (UE) e os EUA.

A UE deverá pedir ao presidente americano o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, confirmou no domingo (18) Hans Winkler, número dois da diplomacia na Áustria, país responsável pela presidência semestral do bloco. Depois de passar 21 horas em Viena, Bush deve ir a Budapeste.