Quase 25 mil pessoas fogem do EI em cidade do Iraque

Por Gazeta News

[caption id="attachment_86937" align="alignleft" width="300"] Várias pessoas deslocadas fugindo da violência em Ramadi chegam aos arredores de Bagdá, no Iraque. Foto: Stringer/Reuters.[/caption]

Quase 25 mil pessoas fugiram da cidade iraquiana de Ramadi, depois do ataque de militantes do Estado Islâmico, e a maioria delas se dirigiu a Bagdá, anunciou a Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 18.

A facção terrorista Estado Islâmico anunciou, no dia 17, ter tomado controle de Ramadi, capital de Anbar, maior província do Iraque. A perda da cidade - que fica a apenas 100 km da capital Bagdá - é considerada a maior vitória militar do EI no ano. Ramadi passou para as mãos dos militantes no fim de semana e muitos tiveram que escapar do Estado Islâmico pela segunda vez, já que 130 mil deixaram a cidade iraquiana em abril.

“Milhares de famílias que tinham fugido anteriormente retornaram para suas casas em Ramadi. Quando os combates ocorreram novamente, foram forçados a fugir pela segunda vez”, informou comunicado da ONU. A ONU e outras agências humanitárias começaram a distribuir alimentos, água e suprimentos médicos, além de estabelecer acampamentos temporários. No entanto, os recursos para as operações de ajuda no Iraque estavam se esgotando, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Iraque.

“Nada é mais importante agora do que ajudar as pessoas que fogem de Ramadi. Elas estão em apuros e precisamos fazer todo o possível para ajudá-las”, disse a coordenadora humanitária da ONU no Iraque, Lise Grande.

“Milhares de pessoas tiveram que dormir ao relento, porque não têm lugar para ficar. Poderíamos fazer muito mais se tivéssemos o financiamento.”

Agências da ONU e outras organizações de ajuda estão dando assistência a mais de 2,5 milhões de pessoas deslocadas e refugiadas no Iraque, mas os recursos estão quase acabando e 56 programas de saúde terão de fechar em junho, acrescentou o comunicado. Fonte: Reuters.