Quase 750 milhões sofrem sem água, saneamento e comida no mundo, diz Oxfam

Por Daniel Galvão

Parece inacreditável essa realidade em pleno século 21, mas nada menos que 748 milhões de pessoas em todo mundo, cerca de uma a cada oito, vivem sem acesso à água potável. Não bastasse isso, outras 2,5 milhões padecem com a falta de serviços sanitários básicos devido a guerras e catástrofes naturais. É o que afirma a Oxfam - instituição internacional, formada por 17 organizações governamentais nacionais, que realizam trabalhos humanitários em 90 países.

Na última terça-feira, 6, o relatório "#Savinglives: Emergência Água" sobre a condição e disponibilidade deste recurso em todos os cantos do planeta foi apresentado pela entidade. A situação de países como Síria, Iraque, Iêmen e Sudão do Sul é o que tem de mais grave em todo o mundo. Entretanto, outras 9 milhões de pessoas são obrigadas a buscar refúgio contra os ataques do grupo extremista Boko Haram no entorno do lago Chad entre a Nigéria, o Níger e o Chade.

Nesta equação, soma-se ainda as catástrofes naturais causadas pelas mudanças climáticas, cujos efeitos estão sendo cada vez mais sentidos, prejudicando ainda mais as regiões pobres do planeta como Haiti e Sudão. O resultado é uma imensa massa humana sem acesso a estes serviços básicos e essenciais à vida, provocando doenças e mortes, uma verdadeira epidemia do mal nestes países.

Para se ter uma ideia da gravidade do cenário mundial, de acordo com o relatório, na Síria e no Iraque apenas mais de 20 milhões de pessoas precisam de água e comida. Após anos de conflito interno, o primeiro país está destruído, com 13,5 milhões de indivíduos dependentes de ajuda humanitária e, dentre eles, 3 milhões têm pouco ou nenhum acesso a alimentos e água potável.