Quatorze crianças acompanhadas de suas mães chegaram, no dia 11, a El Salvador, deportadas dos Estados Unidos depois de suspenderem seus processos migratórios, informaram fontes oficiais em San Salvador. Esta foi a primeira repatriação de pessoas que já haviam iniciado seus processos. Com informações da “Associated Press”.
Quando chegou ao aeroporto internacional Óscar Arnulfo Romero, o grupo foi recebido pelos funcionários de migração, assistentes sociais e outros profissionais do governo.
“Elas (as mães com seus filhos) decidiram retornar ao país. Estavam com um processo e desistiram”, explicou Héctor Rodríguez, diretor geral de migração. Depois de terem registrado legalmente seu ingresso no país e sem falar com a imprensa, mães e filhos deixaram o terminal aéreo para se dirigir a suas cidades.
No dia 20 de julho, as autoridades de El Salvador receberam as quatro primeiras crianças acompanhadas de suas mães, mas acredita-se que há aproximadamente 450 casos de menores salvadorenhos em processo de repatriação.
A vice-chanceler para os salvadorenhos no exterior, Liduvina Magarín, declarou que as famílias retornadas estavam em centros de detenção onde receberam “todo o apoio consular”.
“É uma decisão de cada compatriota continuar seu processo ou regressar (a El Salvador) e isso é o que tem sido cumprido. Estas famílias tomaram sua decisão e estão aqui”, destacou Magarín.
Para a vice-ministra, os centros de detenção nos Estados Unidos não são um ambiente “adequado” para as mães com seus filhos e, em razão de problemas de saúde das crianças, decidiram voltar.
Desde que teve início a crise da migração de crianças desacompanhadas, em junho, as autoridades salvadorenhas deslocaram funcionários para a fronteira sul dos Estados Unidos para fornecer assistência consular aos imigrantes que chegam ao país.
Desde outubro, mais de 57 mil crianças centro-americanas chegaram ilegalmente aos Estados Unidos sem companhia de adultos. Desse total, 43.933 menores são de El Salvador, Honduras e Guatemala.